A cidade de Bassorá, no sul do Iraque, ficou devastada depois do conflito com o Irão na década de 80 e a invasão dos Estados Unidos que durou até 2003. Ainda há edifícios bombardeados, navios enferrujados e ao abandono e o porto da cidade continua fechado.

É, por isso, estranho que no meio deste cenário desolador tenha nascido um espaço tão próspero como o Basra Times Square. O espaço foi inaugurado no início do ano e parece um centro comercial de qualquer país ocidental, conta a BBC Mundo. Foi erguido no local onde antes havia um velho parque de diversões.

À entrada há um controlo de segurança, mas assim que se passa a porta entra-se numa espécie de oásis onde as pessoas andam sem medos. São centenas de pessoas de todas as idades que se passeiam pelos corredores do Basra Times Square como não podem fazer na cidade. As restrições de indumentária não têm lugar naquela lugar, onde as mulheres vestem roupas brilhantes e puxam os véus para trás de maneira a expor o rosto. Há quem não use véu de todo.

Também os homens, principalmente os jovens, exibem cortes de cabelo da moda e roupa justa.

A segregação entre sexos também não existe neste espaço onde jovens casais passeiam de mão dada mesmo sem estarem casados. Há também lojas que vendem roupa masculina e feminina.

Mais do que um centro comercial, o Basra Times Square é um espaço onde as pessoas podem divertir-se, relaxar e ser felizes. Acima de tudo, é um espaço de liberdade num país onde a população vive altamente restringida.

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