Uma antiga professora entrou para a história da política australiana ao tornar-se na primeira mulher indígena a ser eleita para a câmara baixa do parlamento, conquistando um assento pelo Partido Trabalhista (centro-esquerda) nas eleições legislativas.

Linda Burney, de 59 anos, tinha sido pioneira ao ser a primeira mulher aborígene a entrar para o parlamento do estado de Nova Gales do Sul, em 2003.

Linda Burney junta-se assim ao primeiro deputado aborígene Ken Wyatt — do Partido Liberal (conservador) –, eleito em 2010, e segue as pegas da antiga senadora e atleta olímpica Nova Peris, que foi a primeira mulher indígena a conquistar um lugar na câmara alta.

“Eu penso que é um momento realmente muito importante para a Austrália”, afirmou hoje Linda Burney, ao canal de televisão ABC, depois de conquistar o assento por Barton, Sydney.

“Ser eleita como a primeira mulher indígena para a Câmara dos Representantes é um momento para o país (…) Fizemos história junto na noite passada”, disse.

O assento multicultural de Barton esteve nas mãos dos Trabalhistas durante três décadas antes de os Liberais terem conquistado o eleitorado há três anos.

“Está a começar a ‘amanhecer’ em mim a importância deste papel”, disse ao jornal local Canterbury-Bankstown Express.

“Recebi mensagens de felicitação de pessoas a viver na Alemanha, em Israel, de amigos nos Estados Unidos e outros amigos meus tinham mensagem para me transmitir da Suíça e Londres. Tem sido lindo”.

A contagem dos votos das eleições de sexta-feira deverá estar terminada na terça-feira. Os resultados parciais dão vantagem aos trabalhistas, até agora na oposição.

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