Se a estreia da décima edição do NOS Alive ficou marcada pelo sotaque e estilo britânicos, ao segundo dia o bom português saiu à rua — como quem diz para o recinto — talvez para marcar terreno, tal qual uma espécie a lutar pela sua sobrevivência. Seja disso exemplo a lista dos nomes que entrevistámos esta sexta-feira: um bem-haja às Carlas, às Madalenas, às Mafaldas e aos Diogos. Mas nada contra as Hannah e as Emily desta vida.

Apesar de haver maior facilidade na comunicação — com tanto lusitano a posar para a fotografia –, a quantidade de pessoas que encheu o recinto, certamente numa demanda cega mas não surda pelos Radiohead, não foi amiga da habitual troca de perguntas e respostas. Ainda assim foi possível ficar a saber que os elegantes sapatos do Diogo Alves (uma espécie de moccasins escuros) foram uma prenda da namorada já lá vão quatro anos. Ou que as irmãs Barbosa, de 21 e 25 anos, vieram de Bragança e do Porto para darem nas vistas com os seus vestidos frescos e padronizados.

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Os lenços coloridos também marcaram presença no segundo dia do festival. / MICHAEL M. MATIAS / OBSERVADOR

Sim, desta vez os shorts ficaram em falta (embora não estivessem desaparecidos em combate). Em vez de colados a pernas mais e menos bronzeadas, os calções ficaram no armário e cederam lugar aos tecidos leves e esvoaçantes, com os mais diversos padrões. Os lenços também falaram por si, quer estivessem na cabeça, envoltos ao pescoço ou simplesmente presos no braço. Mas na hora de ir embora talvez fossem os lenços de papel os mais procurados, para limpar a emoção que algumas músicas dos Radiohead deixaram para trás.

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