Os portugueses no Rio 2016:

  • João Sousa não voltou ao court de ténis no quarto dia. O melhor tenista português da atualidade foi eliminado na segunda-feira, quando perdeu em pares, com Gastão Elias, após ter sido eliminado do quadro de singulares por Juan Martin del Potro. Mas João Sousa foi notícia esta terça-feira. O tenista de Guimarães falou, queixando-se das quatro partidas que jogou em dois dias, entre jogos de singulares e de pares, e apontou as críticas à organização do torneio olímpico de ténis: “Não há grande coisa a fazer. Eles é que sabem, eles é que mandam. Realmente, da minha parte, se me pedirem uma nota de zero a dez, dou um. São situações que acontecem e não deviam acontecer. Deviam proteger mais os jogadores, não só os grandes.”
  • Por falar em ténis, Gastão Elias foi esta terça-feira eliminado em singulares, à segunda ronda. O tenista português, 60.º classificado do ranking mundial, perdeu em dois sets (3-6 e 4-6) com Steve Johnson, 20.º classificado. O norte-americano quebrou o serviço de Gastão por três vezes durante o jogo (duas no primeiro set) e conseguiu seguir para os oitavos-de-final do torneio olímpico de ténis. Portugal fica assim sem representantes na modalidade.
  • Na vela, continuam as regatas. Sara Carmo terminou o dia com um 29.º lugar em Laser, enquanto Gustavo Lima não fez melhor que um 39.º posto, também em Laser.
  • No windsurf, a experiência (44 anos) de João Rodrigues chegou-lhe para terminar o dia na 15.ª posição.
  • O português José Carvalho foi um dos destaques do dia português, claro. O canoísta apurou-se para a final de C1 Slalom — algo inédito para a modalidade. Estreante em Jogos Olímpicos, José Carvalho fecharia a sua participação no Rio2016 em 9.º lugar, tendo ficado a apenas um de levar um diploma olímpico (que é entregue aos oito melhores atletas de cada modalidade) para casa.
  • Marcos Freitas fechou o dia português no Rio2016. Mas o mesatenista, oitavo cabeça-de-série, falhou o acesso às meias-finais do torneio de ténis de mesa, ao cair perante o japonês Jun Mizutani, quarto. O jogador madeirense, 11.º do ranking mundial, perdeu com o nipónico por 4-2, com os parciais de 11-4, 9-11, 11-3, 11-8, 10-12 e 11-2, em 55 minutos. Marcos Freitas terminou, assim, a sua participação no quinto lugar, a melhor de sempre do ténis de mesa português em Jogos Olímpicos.

Outros destaques e mais medalhas:

  • Ainda não há medalhas para contar desta modalidade. Mas hoje fez-se historia nos Jogos Olímpicos. E tudo porque se marcou o primeiro ensaio de sempre em râguebi de sete masculino, ou sevens. A honra coube a um francês, Terry Bouhraoua, que até fez um hat-trick de ensaios contra a Austrália (31-14).
  • Mas o dia foi também de surpresas nos sevens. A Nova Zelândia, país todo-poderoso no râguebi, seja de 15 ou de 7, perdeu contra o Japão (14-12) no primeiro jogo do torneio para ambas as seleções. É a segunda vez em menos de um ano que o Japão — que, além de organizar os próximos Jogos Olímpicos, em 2020, vai antes ser o anfitrião de um Mundial de râguebi, em 2019 — arranca uma competição de râguebi com uma surpresa. No último Campeonato do Mundo (na variante de quinze) também derrotaram a África do Sul, outra potência da modalidade, na primeira partida.
  • Mau o suficiente para os neozelandeses? Não. O dia haveria de piorar: Sonny Bill Williams, o grandalhão que veio do râguebi de 15 – e até foi campeão mundial em novembro –, rompeu o tendão de Aquiles e está fora dos Jogos Olímpicos.
  • “A cor será ouro. Vou ganhar as três!” Quem é que disse isto? Usain Bolt, pois claro. Por “três” ele quer dizer as três provas de velocidade em que participará. A CNN falou com o jamaicano que tem nove medalhas de ouro no armário lá de casa e que afirmou que irá vencer os 100, os 200 e os 400 metros estafetas no Rio de Janeiro. Vindo de quem vem, é de acreditar. E disse mais: “Acho que posso quebrar o recorde dos 200 metros, sem dúvida.” Um recorde que está nos 19 segundos e 190 milésimas e que o próprio Bolt fixou em 2009, nos Mundiais de Berlim. O jamaicano apenas começa a pisar a pista de tartan no sábado, nas eliminatórias dos 100 metros.
  • Duas. E vão duas derrotas para a Espanha de Pau Gasol (uma das favoritas às medalhas no Rio2016) no basquetebol. O Brasil levou a melhor por um ponto: 66-65.
  • No ténis, Rafael Nadal venceu e segue para a terceira ronda. Pela frente, no court, teve o italiano Andreas Seppi, que derrotou em dois sets (6-3, 6-3).
  • O fenómeno da ginástica Simone Biles vai pagar excesso de bagagem quando regressar aos Estados Unidos, tantas as medalhas que carregará no final dos Jogos Olímpicos. Desta feita, foi a equipa de ginástica artística norte-americana que venceu a medalha de ouro. Simone contribuiu para o resultado final (renhido; a Rússia foi segunda, com 176.688, e o Estados Unidos “ouro” com 184.89), tendo realizado um solo.
  • O ouro era dela — conquistou-o em Londres. Mas acabaria por perdê-lo esta terça-feira, à terceira ronda. Serena Williams foi derrotada no ténis pela ucraniana Elina Svitolina em dois sets: 6-4, 6-3.
  • O dedo indicador da mão esquerda, ergueu-o no ar. Foi assim que Michael Phelps disse ao mundo olímpico (e ao mundo todo) que foi primeiro. Foi assim que Phelps celebrou a sua vitória nos 200m mariposa. É a 20.ª medalha de ouro do nadador norte-americano, a 24.ª em Jogos Olímpicos. Mas era tudo por hoje? Não, claro que não. Haveria de ganhar mais uma. E de ouro, pois claro. Os Estados Unidos venceram a estafeta de 4x200m metros livres — os últimos 200m foi Phelps quem os fez — e o melhor nadador da história vai ainda mais carregado para casa.

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