O saneamento básico nas escolas primárias de Angola é deficiente e são espaços “pouco favoráveis para a promoção da saúde das crianças”, conclui o estudo “Água e saneamento nas escolas de Angola” realizado em 600 escolas primárias públicas das províncias de Luanda, Cunene, Bié, Huíla, Namibe e Huambo, noticia a Rede Angola.

Os dados que constam do relatório apresentado esta quarta-feira em Luanda referem que cada uma das escolas visitadas “carece de um ambiente higiénico sanitário favorável”. Um dos principais problemas “é o acesso a água para beber, pois somente 35 por cento das escolas tem água para beber disponível e 62 por cento não possuem qualquer fonte adstrita”. O trabalho de aferição das condições sanitárias das escolas primárias angolanas foi realizado no âmbito do projecto Escolas Amigas da Criança nas províncias de Luanda, Cunene, Bié, Huíla, Namibe e Huambo, pela UNICEF Angola e pela Direcção Nacional do Ensino Geral do país.

A média de acesso dos alunos a casas de banho é de 58 por cento. O uso de latrinas é de 29 por cento e a prática de defecação ao ar livre atinge cerca de 45 por cento. “Em média, cerca de 310 alunos partilham um cubículo, o que se transforma num fator inibidor para o acesso aos quartos de banho ou latrinas”, lê-se no comunicado sobre o estudo enviado à comunicação social.

O estudo pretende reforçar para a importância do saneamento para a promoção da saúde das crianças, uma vez que as doenças diarreicas — muito comuns em crianças em idade escolar e responsáveis por 18% das mortes de menores de cinco anos — são causadas, com frequência, pela falta de saneamento e fraco acesso a água potável.

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