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O hino da Liga dos Campeões, ei-lo. Esta época, três equipas portuguesas ouvem-no. O FC Porto, terceiro classificado da liga portuguesa 2015-16, junta-se a Benfica mais Sporting e acumula a 21.ª presença na fase de grupos (tal como Real Madrid e Barcelona, que categoria). O apuramento é histórico e implacável, em pleno Olímpico, espécie de Coliseu de outros tempos, tal a forma como alguns jogadores viram gladiadores em entradas arrepiantes, totalmente fora de tempo. Nos dois casos mais flagrantes, o árbitro polaco Marciniak expulsa sem contemplações o capitão De Rossi e Emerson, aos 39 e 50 minutos. Desengane-se, ilustre leitor: o Porto só destroca jogo de qualidade no onze contra onze – contra dez (ou até nove), é uma pasmaceira interminável de lances sem pés nem cabeça até ao desbloqueio provocado pelo 2-0 de Layún.

O empate no Dragão de há uma semana (1-1) obriga o Porto a dar um chega-para-lá à Roma desde o apito inicial. Excepção feita a um remate de Nainggolan desviado por Casillas para canto, aos 2’, a equipa de Nuno assume o jogo de uma maneira pragmática, através de uma pressão imediata à saída da área contrária. O resultado é uma série de ataques iniciado dentro do meio-campo romano, por culpa dos passes transviados e devidamente aproveitados pelos mais atentos, como André André, Herrera e ainda Corona. Num desses roubos de bola, Peres faz falta sobre Otávio. No livre, o mesmo Otávio cruza bem e Felipe cabeceia para o 1-0. O central brasileiro rectifica o erro do autogolo no Dragão e o Porto coloca-se em vantagem na eliminatória pela primeira vez. Ainda por cima, em Roma, onde só uma equipa portuguesa é feliz em sete ocasiões (Benfica, Taça UEFA 1982-83). Felipe, o homem do momento. A sua camisola é a número 28. Que já fora de Ruben Micael, por exemplo. O último portista 28 a marcar na Europa, ao Spartak, em Moscovo-2011. Ou então o 28 de Kelvin, o herói do título de campeão nacional 2012-13, com aquele 2-1 ao Benfica nos descontos da penúltima jornada.

Adiante, a Roma vai reagir. Só pode. Para cúmulo, o seu treinador Luciano Spalletti não sabe perder em casa com equipas portuguesas, entre Nacional (1-1), Benfica (3-2), Paços (4-2) mais Porto (3-1 e 1-1). Cuidado. O Porto defende-se bem, sem pontapés para as couves nem cortes atabalhoados. Tudo é feito com calma. E quando a Roma encontra o caminho da área, há sempre Casillas. Aos 38’, Dzeko recebe de costas e atrasa a bola para Salah, cujo pontapé forte encontra o pé do guarda-redes espanhol. No quadradinho seguinte, De Rossi entra a rasgar sobre Maxi e é expulso com vermelho directo. Naturalmente. Antes do intervalo, nota para a lesão de Maxi. O uruguaio mete mal o pé na relva e cai sozinho. Entra a maca, sai o lateral. Substitui-o Layún.

Ironia das ironias, é do mexicano o 2-0 na sequência de um passe do compatriota Herrera para o espaço vazio. O lateral contorna o guarda-redes Szczesny e atira para a baliza deserta. Dois minutos depois, toma lá o 3-0, por Corona. O mexicano (outro, o terceiro da equipa portista) já fora a figura no início da segunda parte, quando a sua perna direita faz uma espécie de arco do triunfo com a entrada descabida de Emerson. Ora bem, Corona quer deixa a sua marca e entorta os rins de Manolas com uma jiga-joga desconcertante ali pela esquerda. O resto é história: pontapé forte, por alto. Atenção, a última equipa portuguesa a marcar três golos em Itália é eliminada (Benfica em Milão, vs Inter-2004). Desta vez, nem pensar. O Porto controla, domina e goleia. Três (só o Real Madrid ganhara desta forma expressiva no Olímpico, em 2002 e 2004, esta última com bis de Figo). Três é a conta do Porto. E a de Portugal na Liga dos Campeões. Todos juntos no sorteio de 5ª feira.

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Sob a arbitragem de Szymon Marciniak, eis as equipas

Roma: Szczesny; Peres, Manolas, De Rossi e Jesus; Paredes (Emerson, 42’), Strootman e Nainggolan; Salah, Dzeko (Iturbe, 59’) e Perotti. Treinador: Luciano Spalletti (italiano)

FC Porto: Casillas; Maxi (Layún, 45’+2), Felipe, Marcano e Alex Telles; Danilo, Herrera e André André; Corona, André Silva (Adrián, 66’) e Otávio (Sérgio Oliveira, 57’). Treinador: Nuno Espírito Santo (português)

Marcadores: 0-1, Felipe (8’); 0-2, Layún (73’); 0-3, Corona (75’)

Indisciplina: expulsão dos anfitriões De Rossi (39’, vermelho directo) e Emerson (50’, vermelho directo)