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As equipas da Defesa Civil da Faixa de Gaza estimam que mais de 10.000 cadáveres de palestinianos estão sob os escombros de edifícios destruídos por Israel na ofensiva militar lançada contra o movimento islamita Hamas no enclave.

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Estimamos em mais de dez mil o número de desaparecidos que ainda se encontram sob os escombros de centenas de edifícios destruídos desde o início da agressão”, declarou a Defesa Civil, acrescentando que “as equipas especializadas não conseguiram recuperar os corpos.

A Defesa Civil palestiniana, controlada pelo Hamas, explicou que este número “não está incluído nas estatísticas dos ‘mártires’ publicados pelo Ministério da Saúde de Gaza”.

“Assim, o número de ‘mártires’ ultrapassa os 44 mil”, argumentou o organismo.

“Continuamos a cumprir o nosso dever humanitário face à agressão contínua e às graves carências, especialmente em termos de equipamento, veículos e maquinaria necessários para procurar os desaparecidos sob os escombros de casas e edifícios”, sublinhou a Defesa Civil, segundo o diário palestiniano Filastin, ligado ao Hamas.

Os mesmos responsáveis referem ainda que as equipas estão à “procura” de pessoas desaparecidas no norte de Gaza com a ajuda de cidadãos do enclave e de “voluntários”, utilizando “as próprias mãos”.

“Foi possível recuperar vários corpos de ‘mártires’ que estavam completamente decompostos”, disse a Defesa Civil da Faixa de Gaza.

“Na ausência de maquinaria pesada, os esforços (…) são insuficientes e não satisfazem as necessidades mínimas para recuperar os cadáveres”, sublinham as mesmas fontes, acrescentando que trata de uma missão que pode prolongar-se durante “dois ou três anos”.

As autoridades civis ligadas ao Hamas alertam igualmente que a acumulação de milhares de corpos debaixo dos edifícios “começou a provocar a propagação de doenças e epidemias, sobretudo com a proximidade do verão e do aumento das temperaturas, que acelera o processo de decomposição dos cadáveres”.

“Renovamos o apelo a todas as partes no sentido de se autorizar a entrada do equipamento pesado necessário às nossas equipas para salvar as vidas dos feridos dos bombardeamentos israelitas contra o nosso povo em Gaza e para recuperar os corpos dos ‘mártires'”, reiterou a Defesa Civil.

Horas antes, o ministério da Saúde de Gaza tinha estimado em mais de 34.500 o número de mortos e de 77.770 os feridos da ofensiva israelita.