A Câmara Municipal de Lisboa assina, esta quarta-feira, acordos de colaboração com a associação de turismo local e a Comunidade Israelita para a criação do futuro Museu Judaico da cidade, no Largo de São Miguel, em Alfama.

Segundo uma nota da autarquia, a cerimónia, que se inicia pelas 11h30 no local do futuro museu, vai contar com a presença do presidente da Câmara, Fernando Medina, e da vereadora da Cultura, Catarina Vaz Pinto, bem como com representantes das entidades parcerias – a Associação de Turismo de Lisboa (ATL), a Comunidade Israelita de Lisboa, a Fundação Lina e Patrick Drahi e a Associação da Rede de Judiarias de Portugal.

Em comunicado, o município frisa que “o legado cultural dos judeus portugueses, que resulta num acervo de testemunhos materiais e imateriais notáveis, constitui um importante contributo para a construção da identidade cultural portuguesa, tanto no território nacional como no mundo”, devendo ser “reconhecido, estudado e preservado”.

O futuro Museu Judaico de Lisboa permitirá, assim, “estudar e dar a conhecer esse legado e também a sua relação com o restante território nacional e com o mundo”, ressalva a autarquia.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

No final de junho, a Câmara de Lisboa (de maioria PS) aprovou, por unanimidade, um acordo tripartido para o futuro Museu Judaico da cidade, que envolve a autarquia, a ATL e a Comunidade Israelita de Lisboa.

O protocolo prevê que a ATL pague as obras e assuma a gestão do espaço, cabendo à Comunidade Israelita de Lisboa intermediar e ceder espólio relevante para a constituição do museu.

Já o município terá de constituir um direito de superfície, a favor da ATL, sobre os prédios onde será instalado o museu (por um período mínimo de 50 anos), bem como contribuir com financiamento parcial.

Na ocasião, a vereadora da Cultura, Catarina Vaz Pinto, estimou que as obras arranquem ainda este ano para que o espaço esteja em funcionamento no verão de 2017.

Também na altura, os vereadores do CDS-PP e do PCP na Câmara de Lisboa questionaram a forma de gestão do museu escolhida pela autarquia, considerando que existiam “soluções mais adequadas” do que a delegação de tal competência na ATL, como entregá-la à empresa municipal responsável pela Gestão de Equipamentos e Animação Cultural (EGEAC).