Nos comícios de Donald Trump, muitas vezes, veem-se cartazes coloridos que dizem “Mulheres por Donald Trump”. Contrariando a lógica, o número de cartazes — e de mulheres defensoras do candidato — parece ter crescido após a divulgação do polémico vídeo de 2005, do candidato republicano.

Elas são as “Trump Women“, um conjunto de mulheres que no dia 8 de novembro, contra todas as expectativas (dado os recentes acontecimentos), vão votar em Trump. No Facebook, são cerca de 53.427 que defendem “Women vote smart. Women vote Trump”.

‘Eles’ dizem que as mulheres não apoiam Donald Trump. Dizem que ele não é bom para as mulheres e famílias. Dizem que nós devíamos votar em Hillary Clinton porque partilhamos as mesmas partes do corpo. Mas eles estão errados!” lê-se no site do grupo “Trump Women”.

A economista e estratega republicana MariCruz MaGowan é uma das centenas de defensoras de Trump. É mulher. É hispânica. E no próximo dia 8 de novembro vota em Trump.

Eu não voto nem como mulher nem como hispânica. Eu voto como americana. Vejo o que é o mais importante e melhor para o meu país. E é desse ponto de vista que voto” defende MaGowan, ao El Mundo.

Já a senadora do Nebraska, Deb Fischer, apoiante do partido republicano, retirou o seu apoio ao candidato depois de o controverso vídeo ter sido divulgado. No entanto, voltou com a sua palavra atrás e diz que em novembro, também ela vota em Trump.

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Chateou-me os seus comentários. Como mulher e como republicana, estava perturbada de ter ouvido tais declarações. Mas sei que acredita nas mesmas políticas que eu, no que respeita aos regulamentos e à reforma fiscal e é o que precisamos.”

Foram muitos os que criticaram esta sua sua mudança de posição, nas redes sociais. Até a cantora Lady Gaga condenou a atitude da senadora:

Mas engane-se quem acha que são apenas mulheres republicanas, ligadas de alguma forma à política, que o apoiam…

São mulheres de diferentes países, religiões e estratos sociais. Com histórias de vida distintas:

O vídeo agitou a sua campanha eleitoral, provocando uma crise dentro do próprio partido republicano. Vários líderes republicanos retiraram o seu apoio e outros pediram que renunciasse à candidatura.