A Honda acaba de dar a conhecer o protótipo de um veículo eléctrico, desenvolvido em parceria com empresa japonesa Kabuku, que, à excepção da estrutura e do motor, pode ser fabricado numa cada vez mais vulgar impressora 3D. E anda! Já conseguimos chamar a sua atenção?

Pois bem, chama-se “Hato sablé” a pequena van eléctrica nipónica que não esconde as parecenças – mais que evidentes – com o conhecido Renault Twizy, este último um quadriciclo eléctrico para duas pessoas posicionadas em tandem. No entanto, o monolugar da Honda troca o lugar do passageiro por uma caixa de carga. E assim se abre um novo mundo de possibilidades no segmento dos comerciais ligeiros.

Apresentando-se como a solução ideal para, por exemplo, efectuar o serviço de correios – não só pelo facto de ser 100% eléctrico, mas também por contar com uma pequena zona de carga –, o protótipo que a Honda imprimiu tem ainda outra vantagem: é facilmente adaptável às mais diferentes necessidades. Basta, apenas, definir o tipo de carroçaria pretendido e recorrer a uma impressora 3D. Dois comandos (Ctrl+P) et voilá: eis os diferentes componentes, prontos a montar para dar forma ao bólide eléctrico.

Tanto a Honda como a Kabuku garantem que a impressão dos painéis da carroçaria com recurso a uma impressora 3D se trata de uma opção que permite reduzir os custos e o tempo de fabrico, o que torna este protótipo uma excelente solução para passar à produção em massa.

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Com apenas 2,495 m de comprimento, 1,280 m de largura e 1,545 m de altura, este concept tem na base uma estrutura tubular ultraleve, solução que lhe permite anunciar um peso total de 600 kg, incluindo as baterias e o motor eléctrico com 15 cv.

Por apurar fica a autonomia deste protótipo, embora as duas empresas refiram que se trata de um veículo para “viagens curtas, até 80 km” e com uma velocidade máxima que “não ultrapassará os 70 km/h”. Quanto ao tempo necessário para recarregar a bateria, deverá oscilar “entre 3 e 7 horas, dependendo do carregador utilizado” – se de 100 ou 200 volts.

710 cv… a sair da impressora

Se está surpreendido com a possibilidade de também a indústria automóvel poder vir a recorrer à tecnologia de impressão 3D, espante-se ainda mais: em 2015 saiu da impressora o DM Blade. Trata-se do primeiro supercarro impresso: pesa 635 kg, tem 710 cv – ou seja, quase o dobro da relação peso/potência do Bugatti Veyron – e anuncia prestações como 0 a 100 km/h em pouco mais de 2,5 segundos, sendo locomovido por um motor bifuel (gás natural ou gasolina).

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A iniciativa partiu do fundador e CEO de uma empresa chamada Divergent Microfactories (DM), Kevin Czinger. O empresário alega que, ao contrário de outros veículos impressos anteriormente em 3D (caso da Local Motors), a solução utilizada para o Blade passou por imprimir diferentes componentes da carroçaria em alumínio e fibra de carbono e, depois, uni-los, num processo que requer muito menos capital e outros recursos, e que não carece de trabalhadores extremamente qualificados. Czinger chega mesmo a arriscar que esta solução acarreta 1/50 dos custos de produção, comparativamente à fabricação tradicional.

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