O conservador Mariano Rajoy deverá ser eleito este sábado presidente do Governo espanhol, em Madrid, com a abstenção dos deputados do PSOE, depois de ter perdido uma primeira votação, na quinta-feira, quando os socialistas votaram contra.

Na primeira votação, em que precisava da maioria absoluta do Congresso dos Deputados (parlamento), Rajoy obteve 170 de votos a favor, do Partido Popular (PP, direita), do Cidadãos (centro) e da Coligação Canárias, tendo o resto da assembleia (180) votado contra.

Hoje, na segunda votação o candidato a chefe do executivo só precisa da maioria simples do parlamento e a abstenção do Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE) deverá garantir o sucesso da sua investidura.

As grandes incógnitas da votação de hoje são saber o número de socialistas que vão romper a disciplina de voto, e continuar a votar “não” a Rajoy, e também se o ex-secretário-geral do PSOE está nesse grupo, que terá uma dezena de pessoas.

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Uma maioria de membros do Comité Federal dos socialistas impôs no início de outubro uma nova orientação no partido, no sentido da abstenção para evitar assim a realização de umas terceiras eleições no espaço de um ano.

O líder do PP já falhou uma primeira tentativa de investidura em setembro no parlamento, quando apenas contou com o apoio do Cidadãos e da deputada da Coligação Canária, tanto na primeira como na segunda votação e a oposição de todos os outros partidos.

O PP foi o partido mais votado, mas sem conseguir a maioria absoluta, tanto nas eleições que se realizaram a 20 de dezembro de 2015 como nas eleições de 26 de junho em que aumentou a percentagem de votantes e o número de deputados.

O PP teve em junho 33,0% dos votos e 137 deputados, seguido pelo PSOE com 22,7% e 85 deputados, Unidos Podemos com 21,1% e 71 deputados e Cidadãos com 13,0% e 32 deputados.