Os arquitetos franceses Anne Lacaton e Jean Philippe Vassal recebem, esta terça-feira, o Prémio Carreira, da Trienal de Arquitetura de Lisboa, e o ateliê chileno Umwelt recebe o Prémio Debut, para jovens profissionais, segundo o palmarés anunciado em outubro.
A sessão de entrega realiza-se no grande auditório do Centro Cultural de Belém, em Lisboa, a partir das 19h, e conta com a presença do ministro da Cultura, Luís Filipe Castro Mendes.
Os prémios, patrocinados pela Fundação Millennium bcp, visam distinguir a excelência de arquitetos a título individual ou ateliês “cujo trabalho e ideias tenham influenciado e continuem a ter um efeito profundo na prática e no pensamento atuais da arquitetura”.
Fundadores do ateliê Lacaton & Vassal, em 1987, os arquitetos franceses são reconhecidos, segundo a trienal, pelo desenvolvimento de um programa ético de reutilização de meios e estruturas, assim como pelas suas intervenções de reabilitação.
Entre os projetos de referência destes arquitetos contam-se o Palais de Tokyo (Paris), Escola de Arquitetura de Nantes e Cité Manifeste (Mulhouse).
O curador-geral da Trienal, André Tavares, comentou que as obras deste ateliê premiado “são um exemplo claro de como a inteligência da arquitetura é um bem partilhável que circula pelos quatro cantos do mundo para se materializar em formas construídas”.
O júri do Prémio Carreira foi composto por Andres Lepik, diretor do Architecture Museum da Technische Universität de Munique, o arquiteto Bijoy Jain, a arquiteta Cecília Puga, o crítico e professor Jorge Figueira, o arquiteto Juan Herreros, e o escritor e curador Niall Hobhouse.
O ateliê Umwelt, criado pelos arquitetos Garcia Partarrieu e Arturo Scheidegger, destacou-se com projetos como a recuperação do Palácio Pereira, na capital chilena, e o pavilhão do Chile na Bienal de Arquitetura de Veneza, em 2014 (“Situation room”).
Segundo André Tavares, que fez parte do júri deste prémio, “o portfólio de trabalhos já realizados por esta dupla promissora combina obras já construídas com trabalhos de investigação muito relevantes. Não só se encontram laços entre o seu olhar crítico sobre a paisagem e o território, mas também existe uma forte ligação entre o pensamento conceptual e as estratégias de materialização das suas obras, em que o pensamento e o rigor da construção impulsiona a renovação do imaginário formal da arquitetura”.
O Prémio Début Trienal de Lisboa, tem por objetivo reconhecer o trabalho e promover a carreira das novas gerações de arquitetos ou ateliês com menos de 35 anos e tem o valor de cinco mil euros.
O júri deste prémio foi composto por André Tavares, Fernanda Bárbara, Luís Santiago Baptista, Margarita Jover, Mimi Zieger, Tetsuo Kondo e Tim Abrahams.
O galardão do Prémio Carreira Trienal de Lisboa Millennium bcp é uma obra de arte encomendada ao artista José Pedro Croft.
A quarta edição da Trienal de Arquitectura de Lisboa, com o tema “A Forma da Forma”, teve início a 5 de outubro e encerra a 11 de dezembro.