A escolha do comprador do Novo Banco só deverá estar fechada em janeiro e não em 2016 como desejavam o Banco de Portugal e o Governo socialista. A notícia é avançada pelo Jornal de Negócios e, de acordo com aquela publicação, este atraso deve-se ao facto de o China Minsheng Financial, um dos candidatos à compra do Novo Banco, necessitar de tempo para apresentar as garantias financeiras exigidas pelo Banco de Portugal.

Teoricamente, os três candidatos finalistas ainda dispõem de margem temporal para apresentar as provas da sua capacidade financeira. No entanto, e ao contrário dos chineses do China Minsheng, a Lone Star e o consórcio Apollo/Centerbridge estão em condições de cumprir este requisito até ao final deste mês.

De resto, e segundo o mesmo Jornal de Negócios, o Chin Minsheng já terá informado o Banco de Portugal de que pretende usar toda a margem temporal de que dispõe para tentar mobilizar os apoios financeiros de que precisa.

Com o grupo chinês a pedir mais tempo para cumprir todos os requisitos exigidos, o Banco de Portugal não deverá ter condições para emitir um parecer sobre o candidato a recomendar ao Governo antes do final do ano, como aliás desejavam António Costa e Carlos Costa. O prazo pode assim derrapar para a primeira semana de janeiro.

Ainda assim, acrescenta o Jornal de Negócios, a decisão terá de ser tomada no máximo no início de fevereiro, data em que termina o prazo de validade das três propostas em análise. O mês de janeiro será, tudo indica, decisivo para o futuro do Novo Banco e para o setor financeiro português.

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