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Ciclista confessa que se injetou com analgésicos para aguentar competição

Este artigo tem mais de 5 anos

Um antigo membro da equipa de ciclismo Sky, Josh Edmondson, confessou à BBC que injetou analgésicos para poder aguentar a pressão das competições. A substância era legal, mas o método de injeção não.

Josh, em 2013, quando ainda competia pela Sky
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Josh, em 2013, quando ainda competia pela Sky

Getty Images

Josh, em 2013, quando ainda competia pela Sky

Getty Images

Foi numa entrevista tensa e emocionante que Josh Edmondson, ciclista profissional, com 24 anos de idade, confessou em exclusivo às câmaras da BBC que cometeu infrações em várias competições enquanto representava a equipa britânica Sky. Mais: admitiu que, depois de o ter feito, passou por uma profunda depressão.

O caso remonta aos anos de 2013 e 2014, tinha Josh na altura 21 anos – e foi quando começou a acusar a pressão da alta competição. Por isso, recorreu a uma prática estritamente proibida: injetou-se, violando a regra ‘no-needle’ (‘sem agulha’). Contou que o fazia “duas ou três vezes por semana” e que o processo durou cerca de um mês. A substância que o ciclista administrou eram legais, no entanto, a forma como o fez não. A injeção intravenosa, ou seja, através de seringas está proibida desde 2011 pela Union Cycliste Internationale, entidade que regula o ciclismo mundial.

“Em 2014 estava sob muita pressão”

Foi em Itália que Josh encontrou o analgésico que tanto procurava: o tramadol, uma substância que alivia a dor moderada ou grave. Quando as obteve, regressou a Nice, onde estava na altura em treino e foi então que começou a administrar a substância através de injeção. Josh encontrou no tramadol, que é considerado legal pelas entidades reguladoras do ciclismo, um escape ao stresse que sentia nas várias provas em que entrava.

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“Em 2014 eu estava sob muita pressão, não só da equipa, mas por mim mesmo”, contou Josh. A possibilidade de ver o contrato renovado e a pressão de representar uma equipa como a Sky numa prova do Grand Tour (neste caso a Vuelta a Espanha) demonstraram ter sido motivos mais do que suficientes para Josh tomar a decisão de infringir as leis do ciclismo.

http://www.bbc.com/sport/cycling/39293763

A situação manteve-se em segredo. Mas isso durou pouco. Quando participou na Volta à Polónia, um colega com quem partilhava quarto descobriu e fotografou os frascos e as seringas para mostrar à administração e equipa médica da Sky. Quando Josh regressou ao quarto, reparou que o material estava em cima da cómoda e não no sítio onde o tinha guardado. Foi aí que tomou a decisão de falar com o diretor clínico da equipa, Steve Peters. No entanto, as fotografias já tinham sido divulgadas aos responsáveis e, naquele momento, Josh não conteve as lágrimas tal era o pânico que sentia, contou agora na entrevista.

O caso nunca foi divulgado por nenhum membro da Sky e o médico explicou porquê: quis proteger o atleta. Apesar do ato de Josh ter sido condenável, na opinião do médico, o ciclista “tomou más decisões porque não estava bem, portanto. Em primeiro lugar temos de tratá-lo e, de seguida, chegar ao fundo da questão.” Abrir uma investigação disciplinar só iria agravar ainda mais a saúde do atleta, defende.

Os efeitos secundários da decisão

Josh contou ainda à BBC os efeitos secundários, físicos e psicológicos, que sentiu depois das injeções. A nível físico, as dores musculares eram insuportáveis: “Sentia-me como se alguém me tivesse atirado de umas escadas abaixo”, contou. Mas, psicologicamente, os efeitos secundários revelar-se-iam muito maiores. A ressaca da substância deixou-o deprimido e, quando deixou de a tomar, entrou em depressão, o que fez com que se fechasse em casa durante dois meses.

Passados três anos, Josh decidiu contar a sua má experiência e deixou avisos: “A coisa mais perigosa sobre isto é que nunca sabes quando estás a chegar ao teu limite. Não é uma droga que melhora o teu desempenho”. O ciclista, agora a representar a equipa NFTO Pro Cycling, afirma estar pronto para falar sobre o seu passado com as entidades antidoping.

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