As Nações Unidas divulgaram esta sexta-feira um comunicado em que pedem ao Governo brasileiro que investigue os assassínios de dois defensores de direitos humanos em março no país.

Em causa estão as mortes a 20 de março de Waldomiro Costa Pereira, militante do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), e do cacique (chefe índio) Antônio Mig Claudino.

“O Sistema das Nações Unidas no Brasil insta as autoridades brasileiras a investigar, processar e punir os autores dos assassinatos e se solidariza com os familiares e amigos das vítimas”, diz o comunicado.

O militante do MST foi assassinado dentro da unidade de cuidados intensivos de um hospital na cidade de Parauapebas, no Pará, onde estava internado depois de ter sido baleado três dias antes, durante a invasão da sua quinta, próximo de Eldorado do Carajás.

Em Ronda Alta, no Rio Grande do Sul, o cacique Antônio José Mig Claudino foi assassinado com cinco tiros dentro de um bar numa aldeia onde há disputa de terras.

A ONU conclui o comunicado afirmando que “é importante fortalecer os esforços para proteger defensores e defensoras de direitos humanos no país. As Nações Unidas no Brasil colocam-se à disposição para apoiar as ações nessa temática”.

No ano passado o Brasil registou pelo menos 60 assassínios causados por conflitos de terra, de acordo com um levantamento realizado pela Comissão Pastoral da Terra (CPT).

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