Um antigo militar norte-americano, que trabalhou para o Departamento de Estado, foi detido na quinta-feira e acusado de espionagem por ter alegadamente vendido documentos da administração dos Estados Unidos à China.

De acordo com o Ministério da Justiça norte-americano, Kevin Mallory, residente em Leesburg (estado da Virgínia, leste), vendeu documentos secretos a agentes dos serviços de informações chineses, durante viagens que fez a Xangai, em março e abril passados.

O conteúdo dos documentos não foi divulgado, mas foi descrito como “informações de defesa” pelas quais o acusado recebeu 25 mil dólares (cerca de 22 mil euros). Os documentos foram qualificados como confidenciais ou secretos.

O vosso objetivo é obter informações e o meu ser pago”, disse numa mensagem para um correspondente chinês, a 5 de maio, de acordo com a acusação.

O acusado reconheceu ter dado a agentes chineses um aparelho especial para permitir o acesso a documentos com o mais elevado nível de autorização.

Kevin Mallory, de 60 anos, fala chinês. Pertenceu ao exército norte-americano e posteriormente trabalhou como agente especial para um serviço de segurança do Departamento de Estado, antes de colaborar com diferentes agências governamentais dos Estados Unidos.

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Até 2012, Mallory ocupou funções que lhe permitiam ter acesso a informações classificadas na China, Taiwan, Iraque e Washington

De acordo com o diário norte-americano Washington Post, o antigo militar trabalhou para a agência de informações norte-americana CIA.

Kevin Mallory, que pode ser condenado à pena de morte, foi acusado de ter entregado informações sobre defesa a um governo estrangeiro e de ter prestado falsas declarações a agentes da polícia federal norte-americana (FBI).