O típico usuário tem cerca de 26 contas online, a maior parte das vezes com a mesma password. No entanto, este hábito pode ser perigoso, como explica Angela Sasse, diretora do Instituto de Pesquisa de Cibersegurança do Reino Unido, ao The Telegraph.

Segundo Angela Sasse, os emails por si só “podem conter muitas informações relacionadas com as finanças das pessoas”, quando enviamos dados bancários para amigos, sócios de empresa ou casas de hóspedes. Todavia, as consequências podem não ficar por aqui. Se utilizarmos com frequência a mesma password nas redes sociais pode facilitar a recolha de informação pessoal e detalhada, que permitiria que hackers “roubassem a identidade”, explica.

A partir do momento que os piratas têm acesso à password e nome do utilizador num serviço, existem forma de conseguir verificar se as reutiliza noutros sites, através de software online e gratuito, revela Chris Underhill, diretor técnico da Equiniti, uma empresa de segurança cibernética.

Os piratas conseguem incorporar milhões de emails e senhas neste software. Um vez que clicam no enter o programa começa a criar um banco de dados de outros sites, aos quais eles conseguem ter acesso às informações”, explica Chris Underhill.

Depois deste processo, os dados podem ser vendidos ou negociados, ampliando os riscos do proprietário. De entre as hipóteses, coloca-se em cima da mesa a oportunidade que os hackers têm de obter o acesso a contas bancárias ou de pagamento, como o PayPal, ou ainda, a possibilidade de assumir a identidade da vítima e pedir a familiares ou amigos, através de uma desculpa inventada, que enviem dinheiro.

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Usar palavras curtas e aleatórias, com uma combinação de letras minúsculas, maiúsculas e números, bem como não guardar as passwords no computador (a não ser em programas específicos para o efeito), são os conselhos dados para tentar contornar este risco online.