A Oferta Pública de Aquisição (OPA) lançada pela EDP sobre o capital da EDP Renováveis, iniciada a 6 de julho, termina esta quinta-feira, tendo sido fixado o valor de 6,75 euros por ação.

A operação “geral e voluntária”, anunciada a 5 de julho pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), foi lançada em março pela EDP sobre o capital da EDP Renováveis que ainda não controlava.

A oferta decorre até às 15h00 desta quinta-feira e a data prevista para o apuramento e divulgação dos seus resultados é sexta-feira.

Em comunicado enviado à CMVM, a 27 de março, a EDP afirmava que “os valores mobiliários objeto da oferta são ações ordinárias, escriturais e nominativas, com o valor nominal de cinco euros cada, representativas do capital social” da EDP Renováveis.

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A EDP também explicava que a OPA incidia sobre aproximadamente 22,5% do capital social da EDP Renováveis e que a contrapartida oferecida, a pagar em numerário, era de 6,75 euros por ação.

A 25 de julho, “na sequência de algumas questões levantadas” no âmbito da operação, a EDP veio reafirmar, em nota publicada na CMVM, que não iria alterar o valor oferecido por cada ação da EDP Renováveis.

O preço da oferta não será objeto de revisão”, mantendo-se nos 6,75 euros por ação, salientava.

Dias antes, a gestora de ativos norte-americana MFS, que detém 4% do capital da EDP Renováveis, anunciou que não pretendia vender as suas ações pelos 6,75 euros por título oferecidos pela EDP.

A Massachusetts Financial Services (MFS) considerou que a EDP Renováveis devia estar a ser negociada em bolsa por um valor “mais do que o dobro” dos 6,75 euros oferecidos pela EDP na OPA, apontando para um valor mínimo de 11,73 euros por ação, segundo uma declaração pública datada de 21 de julho.

A MFS controla 35,9 milhões de euros, sendo a maior acionista da EDP Renováveis depois da EDP, que detém a maioria do capital da empresa liderada por Manso Neto.

A entidade norte-americana apelava ainda aos outros acionistas minoritários para que tivessem em conta as avaliações que disponibilizou e que apontavam para um preço muito superior ao oferecido pela EDP.

A entidade responsável pelo apuramento e pela divulgação dos resultados da OPV é a Euronext Lisbon — Sociedade Gestora de Mercado Regulamentados.

No primeiro semestre, a EDP Renováveis mais do que duplicou (128%) os seus lucros, na comparação homóloga, contabilizando 134 milhões de euros.

O EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da empresa cresceu 11% para 719 milhões de euros, “beneficiando da superior produção não obstante o aumento nos outros custos operacionais, principalmente relacionado com o crescimento da capacidade em operação”, referia a informação divulgada em julho.

Em junho, a EDP Renováveis totalizava uma dívida líquida de 3.130 milhões, mais 375 milhões de euros do que no final de 2016, um valor justificado pelos investimentos realizados e pela consolidação da dívida do México, “juntamente com o fluxo de caixa gerado pelos ativos” e os “recebimentos das vendas das participações minoritárias e as conversões cambiais”.