A presidente da junta de freguesia do Monte, Maria Idalina Fernandes da Silva, enviou no dia 5 de julho deste ano um ofício dirigido ao presidente da câmara do Funchal, Paulo Cafôfo, em que manifestava a sua preocupação com os “munícipes e com o elevado número de turistas que diariamente nos visitam” e com isso pedia “uma vez mais (…) o corte/poda, dos plátanos existentes, desde o Largo da Fonte até ao Largo das Babosas”, lê-se no mesmo ofício, a que o Observador teve acesso. Nesse documento a autarca lembra que já tinha referido este assunto a 31 de janeiro de 2014 e a 17 de março de 2016.

No ofício datado de 5 de julho de 2017, partilhava também a preocupação com o facto de no dia 5 de agosto se iniciarem as festas de Nossa Senhora do Monte, “período no qual se concentram centenas de pessoas, na área em referência”.

A resposta da Câmara, que o Observador também teve acesso, chegou a 31 de julho deste ano. “Referente ao assunto em epigrafe, informo V. Exa. que os plátanos no Largo da Fonte, caso se justifique, irão ser intervencionados oportunamente”.

A 9 de agosto a junta de freguesia juntou todos estes documentos e enviou-os para o secretário regional do ambiente e recursos naturais. Essa a publicação foi recebida pelo governo regional a 10 de agosto, de acordo com a SIC.

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Porém, Paulo Cafôfo, presidente da Câmara do Funchal, pediu que se faça uma distinção entre “o que é o historial dos plátanos, de quedas de galhos” e a queda do carvalho no Largo da Fonte — que “não teve nada a ver com as queixas dos plátanos”, realçou.

O autarca frisou que a Câmara não tinha qualquer referência “nem por parte da junta de freguesia, nem dos cidadãos”. Paulo Cafôfo disse ainda que o carvalho, “que nem está no Largo da Fonte mas nos jardins que pertencem à freguesia”, não estava amarrado por cabos. O presidente explicou que a árvore que estava amarrada era um plátano que, em 2007, abriu uma fissura. Para evitar que fosse abatida, foi amarrada a outras árvores mas não ao carvalho que caiu esta tarde, garante o autarca.

A queda do carvalho, com cerca de 200 anos, provocou a morte a 13 pessoas, ferindo outras 49.

Veja os documentos abaixo:

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