O Banco Mundial previu esta quarta-feira um crescimento médio das economias da África subsaariana de 2,4% este ano, abaixo dos 2,6% que previa em abril, mas bastante acima dos 1,3% registados em 2016.

O crescimento económico na África subsaariana está a recuperar a um ritmo moderado e prevê-se que acelere para 2,4% em 2017 face a 1,3% em 2016″, lê-se na edição deste semestre do relatório do Banco Mundial Africa’s Pulse.

O relatório, que prevê um crescimento de 1,2% para Angola, este ano, e que considera o peso da dívida pública moçambicana “insustentável”, diz que a recuperação económica é “liderada pelas maiores economias da região”, nomeadamente a Nigéria, que “saiu de uma recessão que durava há cinco trimestres, e a África do Sul, que emergiu de dois trimestres consecutivos de crescimento negativo”.

As melhorias nas condições económicas mundiais, incluindo o aumento dos preços de energia e metais e o aumento das entradas de capital, ajudaram a apoiar a recuperação do crescimento regional, sublinha o documento, que alerta, ainda assim, que “o ritmo da recuperação permanece lento e será insuficiente” para fazer subir o rendimento individual dos africanos este ano.

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Alertando para a necessidade de controlar o endividamento que resultou dos desequilíbrios orçamentais originados pela descida dos preços das matérias-primas e pelo abrandamento económico, nomeadamente na China, os autores do documento salientam que “são necessários esforços adicionais, em toda a região, para dar resposta à queda das receitas e controlar as despesas com vista a melhorar os saldos orçamentais”.

É imperativo que os países adotem políticas fiscais adequadas e medidas estruturais agora para fortalecer a resiliência económica, aumentar a produtividade, aumentar o investimento e promover a diversificação económica”, comentou o economista-chefe para África do Banco Mundial, Albert Zeufack.

Esta região deve registar um crescimento de 3,2% no próximo ano e 3,5% em 2019, prevê o Banco Mundial.