O Parlamento Europeu (PE) reúne-se a partir de segunda-feira numa sessão plenária marcada por um novo debate, na quarta, sobre os incêndios florestais em Portugal e em Espanha.

Os eurodeputados vão discutir com representantes da Comissão Europeia e do Conselho da União Europeia (UE) medidas para agilizar a mobilização dos instrumentos de resposta de emergência e de financiamento da UE, bem como as ações de prevenção dos incêndios e de gestão das florestas que devem ser tomadas para evitar novas catástrofes.

Na segunda-feira, antes do arranque da sessão plenária, será cumprido um minuto de silêncio pelas mais de 100 vítimas dos fogos florestais, em Portugal, e quatro em Espanha.

Há três meses, o PE já debateu — e cumpriu um minuto de silêncio — a questão do combate aos fogos florestais em Portugal, na sequência de Pedrógão Grande.

Em Portugal, as centenas de incêndios que deflagraram no domingo nas regiões Norte e Centro, o pior dia de fogos do ano segundo as autoridades, provocaram 42 mortos e cerca de 70 feridos, mais de uma dezena dos quais graves.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Esta é a segunda situação mais grave de incêndios com mortos este ano, depois de Pedrógão Grande, em junho, em que um fogo alastrou a outros municípios e provocou, segundo a contabilização oficial, 64 mortos e mais de 250 feridos. Registou-se ainda a morte de uma mulher que foi atropelada quando fugia deste fogo.

A Comissão Europeia contabilizou em mais de 500 mil hectares a floresta consumida este ano pelos incêndios em Portugal, mais de metade da área ardida contabilizada este ano em toda a União Europeia.

Na mesma sessão plenária, mas na terça-feira, os eurodeputados debatem com o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, as conclusões do Conselho Europeu, que teve lugar na quinta e sexta-feira, em Bruxelas.

Os planos para o futuro da UE, a migração e a reforma do sistema europeu comum de asilo, a cooperação no domínio da defesa, a política externa, o mercado único digital e as negociações do ‘Brexit’ serão alguns dos assuntos a abordar.

No mesmo dia, será discutida a proteção dos jornalistas e a defesa da liberdade de imprensa em Malta, na sequência do assassínio da jornalista maltesa que investigou casos de corrupção, Daphne Caruana Galizia.

Na quinta-feira, o presidente do PE anuncia o vencedor do Prémio Sakharov 2017, que recompensa a liberdade de pensamento.

Os três finalistas são a ativista Aura Lolita Chavez Ixcaquic, da Guatemala, a Oposição Democrática na Venezuela e o jornalista Dawit Isaak, de nacionalidade sueca e eritreia.