Os rappers norte-americanos Jay-Z e Kendrick Lamar lideram a corrida aos prémios Grammy, atribuídos pela indústria musical dos Estados Unidos e que são hoje entregues em Nova Iorque.

Jay-Z está nomeado em oito categorias da 60.ª edição dos Grammy e Kendrick Lamar em sete, incluindo Álbum do Ano e Gravação do Ano.

“4:44”, de Jay-Z, e “Damn.”, de Kendrick Lamar, competem pelo prémio de Álbum do Ano com “Awaken, my love”, de Childish Gambino (alter ego do ator Donald Glover), “Melodrama”, de Lorde, e “24K Magic”, de Bruno Mars.

O álbum “4:44”, de Jay-Z, inclui samples do tema “Todo o mundo e ninguém” do grupo português Quarteto 1111, editado em 1970, no tema “Marcy Me”.

O prémio de Gravação do Ano é disputado, além de “The story of O.J.”, de Jay-Z, e “Humble.”, de Kendrick Lamar, por “Redbone”, de Childish Gambino, “Despacito”, de Luis Fonsi e Daddy Yankee com Justin Bieber, e “24K Magic”, de Bruno Mars.

Jay-Z e Kendrick Lamar estão ainda nomeados, entre outras, nas categorias de Melhor Performance Rap – com os temas “4:44” e “Humble.”, respetivamente, que inclui ainda Cardi B (“Bodak Yellow”) e Migos com Lil Uzi Vert (“Bad and Boujee”) — e Melhor Álbum de Rap — com “4:44” e “Damn.”, competindo com Migos (“Culture”), Laila’s Wisdom (“Rapsody”) e Tyler, The Creator (Flower Boy).

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Da longa lista de 84 categorias, que abrangem diferentes géneros musicais, do jazz à música clássica, do gospel aos audiolivros, sobressaem as nomeações de dois músicos que já morreram – Chris Cornell e Leonard Cohen -, ambos indicados para o Grammy de Melhor Atuação Rock.

A cerimónia de hoje, que será conduzida pelo apresentador James Corden, contará com atuações de diversos artistas e bandas, entre os quais Elton John, em dueto com Miley Cyrus, U2, Sting, Kendrick Lamar, Jon Batiste e Gary Clark Jr., que irão homenagear as ‘lendas do rock’ Chuck Berry e Fats Domino, que morreram no ano passado, Childish Gambino, Sam Smith, Bruno Mars e Cardi B.

Apesar de a indústria da música ainda não ter sido atingida pelas denúncias de abusos sexuais que têm vindo a público ao longo dos últimos meses nos Estados Unidos, a cerimónia dos Grammy não ficará de fora dos últimos acontecimentos.

Os patrões da indústria fonográfica apelaram a artistas e outros trabalhadores para que usem uma rosa branca hoje à noite, em solidariedade com o movimento “Time’s Up” (“Acabou o Tempo” em tradução livre para português), criado para apoiar a luta contra o assédio sexual, por mais de 300 atrizes, argumentistas, diretoras e outras personalidades ligadas ao cinema.