O Instituto Nacional de Meteorologia de Moçambique (INAM) precisa de 16 milhões de euros em equipamento para evitar erros nas previsões, anunciou o diretor-geral, Adérito Aramuge. A verba é necessária para expansão da rede de observações meteorológicas no continente e no mar, referiu num seminário sobre Preparação e Resiliência Nacional aos Desastres Naturais, realizado na segunda-feira, em Maputo, e citado esta terça-feira pelo diário Notícias.

No mesmo evento, Queiroz Alberto, meteorologista da instituição, deu um exemplo: na noite de 31 de janeiro foi lançado um aviso de chuva e ventos fortes para mais de dez distritos do sul e centro do país, mas a intempérie não aconteceu.

“O INAM usa modelos internacionais conhecidos como GSM, WRF e outros assentes mais em observações globais, o que impede maior precisão nas previsões regulares”, acrescentou. Ou seja, as previsões têm falhado porque os modelos usados para a observação não permitem detalhar o que poderá acontecer a nível local.

Falando na ocasião, o diretor-geral do INAM, Adérito Aramuge, afirmou que o alargamento da rede de observações meteorológicas no continente e no mar “implica um grande desafio na operacionalização e expansão da rede de radares”.

“É certo que não podemos parar os desastres naturais, mas podemos estar preparados, com conhecimentos e ferramentas, de modo a que vidas sejam salvas e bens sejam protegidos, por conta da existência de um sistema de aviso prévio eficaz e eficiente”, concluiu Adérito Aramuge.

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