O CEO da Lamborghini e ex-director desportivo da equipa de F1 da Ferrari, Stefano Domenicali, confirmou o que há muito se esperava: a Lamborghini vai aumentar a sua gama de veículos, com a inclusão de um modelo de características mais familiares e quatro portas. Isto sem beliscar minimamente o carácter desportivo que é intrínseco aos modelos da marca, das mecânicas potentes aos chassis ágeis.

Depois de durante anos oferecer apenas coupés desportivos de dois lugares, até que em 2017 aderiu à moda dos SUV, com o lançamento do Urus, a Lamborghini está apostada em continuar a crescer, sobretudo pela criação de novos modelos destinados aos nichos de mercado ainda por explorar. Se o Urus lhe deverá permitir duplicar as vendas, um pouco à semelhança do que aconteceu com a Porsche, que hoje vende mais Cayenne e Macan do que coupés – e o que potencialmente acontecerá em breve com a Ferrari, também decidida a oferecer um SUV –, a verdade é que o sucesso do Panamera não passou ao lado dos responsáveis pela Lamborghini.

Integrando o Grupo Volkswagen, à semelhança da Porsche e da Bentley, a marca originalmente italiana vai ter a tarefa facilitada, pois vai herdar uma plataforma já disponível no grupo, bem como as mecânicas, mas exclusivamente a gasolina e híbridas.

Domenicali chuta para longe em matéria de prazos, afirmando que o Lamborghini familiar não deverá surgir antes de 2025. Em relação à estética, não deverão existir surpresas, com a marca fundada em 1963 por Ferruccio Lamborghini a manter-se fiel às linhas angulosas que caracterizam os seus veículos e que os tornam tão agressivos quanto belos e, mais importante do que isso, inconfundíveis. A estratégia passa por repetir a fórmula vencedora utilizada para o Urus, que deverá elevar o volume de vendas consideravelmente, pois se o construtor comercializou 3.800 veículos em 2018, espera atingir 7.500 em 2019, quando o SUV atingir o ritmo de produção máximo.

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