Mais radares, 120 câmaras de vigilância nos semáforos, uma campanha de sensibilização e multas para o estacionamento em segunda fila. São estas as medidas que a Câmara Municipal de Lisboa vai adotar para melhorar a mobilidade nas estradas da capital e diminuir o número de multas por excesso de velocidade, revelou o vereador da Mobilidade, Miguel Gaspar, ao DN.
Face a esse número — em 2017 foram passadas, em média, 428 multas por excesso de velocidade por dia — a rede de 21 radares que já existe na capital vai ser ampliada. Miguel Gaspar não quis revelar o número de aparelhos nem a data para a instalação mas adiantou que a Segunda Circular, o Eixo Norte-Sul e a Avenida Infante Dom Henrique serão as principais zonas a intervir. O objetivo é reduzir o número de multas, adiantou ainda. Por isso, haverá avisos para o limite de velocidade antes das zonas onde serão instalados os radares e alguns deles não terão controlo de velocidade.
Como não conseguimos mudar a cidade, temos de apelar ao bom senso das pessoas e ao seu cuidado. Nos pontos mais críticos temos os instrumentos de fiscalização de velocidade que, de facto, desincentivam. E num mundo perfeito não multaríamos ninguém, pois toda a gente cumpriria o limite de velocidade”, explicou o vereador ao DN.
O investimento em semáforos e câmaras de vigilância será de cinco milhões de euros. Miguel Gaspar adiantou que a rede de controlo de semáforos será modernizada para “gerir o tempo que as pessoas passam paradas no trânsito”. “O que estamos a fazer é a modernizar e a melhorar o sistema”, explicou o vereador.
Os estacionamentos em segunda fila também são um problema que a Câmara Municipal quer resolver. Maus estacionamentos destes levaram a que, em 2017, a velocidade média dos autocarros fosse de 13,9 km por hora. Por isso, a fiscalização vai ser reforçada. “Em breve, vamos começar uma campanha de comunicação para sensibilizar as pessoas, que têm de perceber que onde passa o autocarro da carris e no centro da cidade não vamos ser tolerantes”, disse Miguel Gaspar ao mesmo jornal.