A Fundação GDA, no âmbito das atividades do Dia Mundial da Voz, que é assinalado esta segunda-feira, promove rastreios da voz para artistas e população em geral, no Hospital Egas Moniz, em Lisboa, coordenados pela otorrinolaringologista Clara Capucho.

Em declarações à agência Lusa, o vice-presidente da Fundação GDA (Gestão dos Direitos dos Artistas), Luís Sampaio, realçou a “importância de se rastrear a voz, nomeadamente os fumadores”, e faz “um balanço positivo” dos rastreios que anualmente se têm realizado por ocasião desta efeméride, através do Hospital Egas Moniz-Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental (HEM-CHLO).

Para a GDA, os rastreios de voz são importantes, “pois para os artistas são um instrumento de avaliação do seu instrumento de trabalho, permitindo-lhes corrigir tecnicamente [algumas fragilidades], e tendo atenção e cuidado com a sua saúde”.

Este rastreio foi estendido à população, nomeadamente a que vive nas regiões do interior do país, com o apoio do Hospital Egas Moniz-CHLO, “zonas em que é difícil fazer exames com especialistas, uma ação que contou com o apoio da Direção-Geral de Saúde”.

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Também hoje às 15:00, na sede da Fundação GDA, em Lisboa, é anunciada uma colaboração desta entidade com a Direção-Geral das Artes (DGArtes), tendo em vista a ampliação do projeto de Rastreio Nacional da Voz Artística, em curso, às estruturas de produção artística disseminadas pelo país.

A parceria com a DGArtes visa alcançar “mais intensidade”, em termos de participação dos artistas. Através da DGArtes vai ser possível, explicou à Lusa Luís Sampaio, “chegar a mais e variadíssimos artistas”.

Este protocolo vai possibilitar conhecer, por um lado, “um primeiro rastreio da população em geral, com uma ‘cor’ da população artística, e um segundo, mais específico, que vai abranger só a população artística, mais alargada, e que vai permitir fazer alguns trabalhos”.

Nesta cerimónia vai ainda ser divulgado o balanço clínico dos primeiros distritos onde foi realizado o Rastreio Nacional da Voz Artística, iniciado há um ano, com base numa parceria entre a GDA, o HEM-CHLO e a Direção-Geral de Saúde, coordenado pela otorrinolaringologista Clara Capucho.

O rastreio foi iniciado em Lisboa, em abril do ano passado, e prosseguiu em Vila Real, Bragança, Beja, Portalegre, Faro e Évora, tendo em cada uma destas cidades sido dirigido especificamente às comunidades artísticas radicadas naqueles distritos, e, paralelamente, aberto a toda a população.

Os rastreios, gratuitos, aos artistas e população em geral, no Hospital Egas Moniz, prolongam-se até quinta-feira.