O Presidente angolano, João Lourenço, confirmou, por despacho presidencial, um financiamento de 79 milhões de euros para o setor agrícola em Angola, a conceder pela Agência Francesa de Desenvolvimento.

A informação consta do despacho presidencial 60/18, de 24 de maio, ao qual a Lusa teve acesso esta segunda-feira, que refere que o acordo de financiamento, entre o Ministério das Finanças de Angola e a agência estatal francesa, será utilizado num projeto de desenvolvimento de Agricultura Comercial.

O Governo francês já fez saber que tem linhas de crédito abertas para Angola no valor de 250 milhões de euros. A Agência Francesa de Desenvolvimento já mobilizou 150 milhões de euros para projetos relativos ao abastecimento de água, além deste novo plano para o setor agrícola, decorrendo um processo de identificação de novos objetivos.

O Presidente de Angola, João Lourenço, escolheu a França para a sua primeira visita oficial a um país ocidental, que inicia esta segunda-feira, com a previsão de assinatura de vários acordos de cooperação, seguindo depois para a Bélgica (4 e 5 de junho).

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Para esta segunda-feira está previsto um encontro entre João Lourenço e o Presidente francês, Emmanuel Macron, no Palácio do Eliseu, bem como a assinatura de vários acordos de cooperação nos domínios da Defesa, Agricultura e formação de quadros. Segundo informação disponibilizada pela Casa Civil do Presidente da República, a visita a França prolonga-se até 30 de maio.

Esta visita foi anunciada pela Casa Civil já em março, a convite do homólogo francês, Emmanuel Macron. “Na visita que o Presidente da República de Angola fará a França na última semana de maio, é interesse do Presidente Macron, manifestado na sua carta-convite, a discussão aprofundada à volta das questões de segurança regional, de modo muito particular as situações prevalecentes na República Democrática do Congo e na República Centro Africana”, informou ainda a Casa Civil.

Acrescenta que o Governo francês está “sensível à forte e prioritária aposta do Presidente João Lourenço na diversificação da economia angolana”, pelo que, durante a visita, “proporcionará facilidades e vias de diálogo que levem à mobilização de atores económicos franceses” para Angola.