A União das Misericórdias Portuguesas (UMP) assina este sábado em Estremoz um protocolo com a Federação Portuguesa das Associações Taurinas – Prótoiro, com o objetivo de dinamizar as cerca de 30 de praças de touros que pertencem às Misericórdias.

Numa nota de imprensa, citada pelo jornal Público, a UMP considera que se trata de um passo natural e que vem consolidar a “centenária ligação” das Misericórdias à tauromaquia. Com este acordo, a UMP passa a ter assento na direção da Prótoiro.

Manuel Lemos, presidente da União das Misericórdias Portuguesas, reconheceu que um protocolo desta natureza pode suscitar controvérsia, mas desvalorizou as eventuais críticas.

“Antes de o Estado social existir, o povo construiu estas praças para que as misericórdias pudessem exercer a sua missão social e humanitária com as receitas destes espetáculos. Eram a sua principal fonte de rendimento. Sei que este é um problema delicado, mas temos uma história e não podemos fazer de conta que ela não existe. Esta manifestação cultural faz sentido nalgumas regiões do país”, defendeu o responsável.

Já Paulo Pessoa de Carvalho, presidente da Prótoiro, sublinhou a importância desta ligação. “Ter à mesma mesa o representante da maioria dos proprietários de praças de touros em Portugal, juntamente com todos os restantes stakeholders da tauromaquia portuguesa [permitirá] pensar de modo mais abrangente e profundo o sector da cultura tauromáquica portuguesa, a estratégia de desenvolvimento do mesmo e o seu impacto social”, notou o dirigente.

O protocolo será formalizado este sábado na arena da praça de touros de Estremoz, antes do início da corrida promovida pela União das Misericórdias Portuguesas.

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