O Governo de Pedro Sánchez deu luz verde para que o Open Arms, um navio da ONG espanhola Proactiva Open Arms, atracasse em Barcelona com 60 migrantes a bordo.
Este é o terceiro navio que o governo espanhol autoriza que entresse nos seus portos depois de ser rejeitado tanto por Itália e Malta. Os dois casos anteriores aconteceram igualmente com navios de ONG (organizações não governamentais), o Aquarius (629 migrantes a bordo) e com o Lifeline (230), cuja rejeição por Itália abriu uma nova fase daquele país no que toca à crise migratória do Mediterrâneo.
O Open Arms resgatou os 60 migrantes, que estão agora a caminho de Barcelona, quando estavam a bordo de um barco de borracha a 33 milhas náuticas da Líbia.
Malta e Itália recusam entrada de embarcação de ONG espanhola com 60 migrantes
Quando a notícia de que o Open Arms tinha sido rejeitada por Itália, a presidente da câmara de Barcelona anunciou no Twitter que a capital da Catalunha estava disponível para receber aqueles 60 migrantes num dos seus portos. “Barcelona está preparada para receber o Open Arms e todas as pessoas resgatadas. Pedimos a Pedro Sánchez que nos permita ajudar a salvar vidas, não queremos ser cúmplices das políticas de morte de Matteo Salvini”, disse, referindo ao ministro da Administração Interna de Itália, que assume a política de negar a entrada a barcos de ONG com migrantes a bordo, acusando-os de tráfico de seres humanos.
Barcelona está preparada para recibir al @openarms_fund y a todas las personas rescatadas. Pedimos a @sanchezcastejon q nos permita ayudar a salvar vidas, no queremos ser cómplices de las políticas de la muerte de @matteosalvinimi https://t.co/WUEcesDfs0
— Ada Colau (@AdaColau) June 30, 2018
Esta sexta-feira, na cimeira do Conselho Europeu, os 28 líderes da União Europeia assinaram um acordo para a política para as migrações onde ficou determinado que a receção e o acolhimento de refugiados e requerentes de asilo passaria a funcionar “numa base voluntária”. Além disso, acordo definiu ainda, naquilo que foi uma mensagem para as ONG que operam perto do Norte de África, que “todos os navios a operar no Mediterrâneo têm de respeitar a legislação aplicável, e não entravar as operações da Guarda Costeira líbia”.