O Estado português financiou-se esta quarta-feira em 950 milhões de euros através da emissão de dívida com prazo a 10 e 15 anos junto dos investidores internacionais. A operação saiu mais barata, do ponto de vista do Estado, em comparação com os custos suportados nas últimas emissões de obrigações com estes prazos: cerca de 1,7% por dívida a 10 anos e menos de 2,3% na emissão de títulos com maturidade de 15 anos.

Apesar de a operação de financiamento ter calhado num dia em que os mercados internacionais estão a recuar, com muita apreensão em torno da aparente “guerra comercial”, a emissão de dívida correu sem dificuldades. Tanto num prazo como no outro, houve mais do que o dobro da procura, em comparação com os montantes que acabaram por ser colocados — o que permitiu baixar o custo da operação para níveis inferiores aos últimos registos.

Na última emissão a 10 anos, a taxa de juro também tinha ficado abaixo de 2% (1,92%) e na última emissão a 15 anos — não um leilão mas uma emissão promovida por sindicato de bancos — pagou-se uma taxa ligeiramente superior, 2,33%.

Esta foi a primeira emissão de dívida por parte do Tesouro português desde que o Banco Central Europeu (BCE) confirmou a intenção de terminar as compras líquidas de dívida pública nos mercados no final do ano.

BCE já tem data para desligar a impressora. Em dezembro, estímulos monetários terminam

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR