Um grupo bipartidário de 110 membros do Congresso pediu à administração norte-americana que restaure o Estatuto Temporário de Proteção para centenas de milhares de imigrantes de El Salvador, Honduras e Haiti, a viver legalmente no país. “Acreditamos que as advertências que o então secretário (Rex) Tillerson ignorou (em 2017) exigem reconsideração”, escreveram os legisladores, na quinta-feira, numa carta dirigida ao atual secretário de Estado, Mike Pompeo.

A carta endereçada pelos congressistas surge na sequência de vários avisos por parte de diplomatas norte-americanos sobre as consequências da retirada do Estatuto Temporário de Proteção (TPS) aos imigrantes de El Salvador, Honduras e Haiti. Os diplomatas consideraram que a retirada deste estatuto pode levar a deportações em massa e consequentemente desestabilizar a região da América Latina e desencadear uma nova onda de imigração ilegal.

Várias embaixadas dos Estados Unidos em países latino-americanos alertaram que o cancelamento do TPS afeta os interesses da política externa norte-americana, colocando em risco a segurança das pessoas que detinham este estatuto. O Departamento de Segurança Interna norte-americano decidiu suspender o estatuto legal de cerca de 2.500 nicaraguenses, e a mais de 50.000 haitianos em novembro de 2017. Entre janeiro e maio deste ano, cerca de 257.000 salvadorenhos e hondurenhos perderam também o direito aquele estatuto.

O TPS é um programa de imigração criado em 1990, ao abrigo do qual os Estados Unidos concedem autorizações de residência de forma extraordinária a pessoas de países afetados por conflitos ou desastres naturais. O Congresso dos Estados Unidos, composto pela Câmara dos Representantes e pelo Senado, integra 535 membros.

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