Os meios que estão a combater o incêndio de Monchique começaram a ser desmobilizados esta sexta-feira à noite, mas de “forma muito ligeira e gradual”, informou a 2.ª comandante operacional nacional da Proteção Civil.

Questionada pela agência Lusa, Patrícia Gaspar informou que vão começar a ser retraídas algumas forças de combate, “mas de forma muito ligeira e de forma muito gradual”.

Durante a noite, alguns reforços, “sobretudo os que vieram do norte do país”, terão começado a regressar aos seus postos “para que possam guarnecer as suas fileiras, uma vez que, neste momento, a situação aqui está operacionalmente mais tranquila”, referiu a segunda comandante operacional nacional, que falava durante o ponto de situação operacional sobre o incêndio que afeta o barlavento algarvio.

O incêndio rural, combatido por mais de mil operacionais e considerado dominado esta sexta-feira de manhã, deflagrou no dia 3 de agosto à tarde, em Monchique, distrito de Faro, e atingiu também o concelho vizinho de Silves, depois de ter afetado, com menor impacto, os municípios de Portimão (no mesmo distrito) e de Odemira (distrito de Beja).

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A Proteção Civil atualizou o número de feridos para 41, um dos quais em estado grave (uma idosa que se mantém internada em Lisboa).

De acordo com o Sistema Europeu de Informação de Incêndios Florestais, as chamas já consumiram cerca de 27 mil hectares. Em 2003, um grande incêndio destruiu cerca de 41 mil hectares nos concelhos de Monchique, Portimão, Aljezur e Lagos.

Na terça-feira, ao quinto dia de incêndio, as operações passaram a ter coordenação nacional, na dependência direta do comandante nacional da Proteção Civil, depois de terem estado sob a gestão do comando distrital.