Rudy Giuliani afirmou este domingo numa entrevista ao canal televisivo norte-americano NBC que “a verdade não é verdade”. O advogado do Presidente Donald Trump – e ex- (presidente da Câmara) de Nova Iorque – explicava os motivos pelos quais não quer que o seu cliente testemunhe na investigação à alegada ingerência russa nas eleições de 2016.

“Não me vão apressar no sentido de o pôr a testemunhar para que ele possa ser ‘apanhado’ a cometer perjúrio [falsas declarações sob juramento]”, disse Giuliani. Estas declarações surgiram durante o programa Meet The Press, quando o advogado foi questionado sobre se a equipa legal de Trump está, de alguma forma, a tentar empatar e, assim, adiar o eventual testemunho do Presidente.

“E quando dizem que ele devia testemunhar porque, se vai dizer a verdade, então não devia estar preocupado… bem, isso é tão palerma, porque isso a versão que alguém tem da verdade. Não a verdade”, acrescentou Giuliani. O entrevistador, Chuck Todd, contrargumentou — “a verdade é a verdade” –, mas o advogado reafirmou “não, a verdade não é a verdade”.

“Isto vai tornar-se um mau meme!”, rematou Todd.

Este episódio trouxe a memória declarações de Kellyanne Conway. Em janeiro, no mesmo programa, a então conselheira do Presidente defendeu que a Casa Branca tem o direito de apresentar “factos alternativos”. “Factos alternativos não são factos. São falsidades”, respondeu Todd na altura.

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