A defesa de José Sócrates entregou na noite de quinta-feira o requerimento de abertura de instrução do processo conhecido por “Operação Marquês”. Os advogado do ex-primeiro-ministro, acusado de crimes de corrupção, querem assim que um juiz de instrução olhe para os factos da acusação e decida se o caso vai ou não para julgamento.

Para já, são ainda desconhecidos os fundamentos do requerimento. O Observador tentou falar com os advogados de Sócrates, mas sem sucesso.

O prazo para a entrada dos pedidos de abertura de instrução terminou segunda-feira, mas era possível entregar até quinta-feira com pagamento de multa. Até segunda-feira, dia 3 (o prazo para entrega dos requerimentos), Henrique Granadeiro, Bárbara Vara, Zeinal Bava, Joaquim Barroca e empresas do Grupo Lena (Lena SGPS, LEC SGPS e LEC SA) foram os únicos a formalizar este pedido judicial.  Terça-feira, 4 de setembro, segundo informações da Procuradoria-Geral da República, houve mais uma enchente de pedidos de instrução, enviados por Hélder Bataglia, Rui Mão de Ferro, Gonçalo Ferreira e o Vale do Lobo Resort Turísticos de Luxo e Oceano Clube. Dois dias depois da última vaga de pedidos de instrução, já com o prazo limite final no horizonte, surgiram novos requerimentos, nomeadamente de José Paulo Pinto de Sousa, José Diogo Ferreira, da empresa Pepelan e de Carlos Santos Silva. O de José Sócrates terá sido o último a chegar, a menos que algum outro arguido entretanto tenha enviado por correio.

São 28 os arguidos no processo e na próxima semana será sorteado o juiz que irá ficar com a instrução do processo — Carlos Alexandre ou Ivo Rosa.

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