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A solução para todos os males está na "atitude e compromisso" (a crónica do Sporting-Marítimo)

Este artigo tem mais de 5 anos

O Sporting precisava de um ânimo extra depois da derrota com o Sp. Braga e venceu. Bruno Fernandes precisava de um ânimo extra e foi ao Instagram. A crónica do Sporting-Marítimo.

Bruno Fernandes foi considerado o melhor jogador em campo no jogo deste sábado
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Bruno Fernandes foi considerado o melhor jogador em campo no jogo deste sábado

Filipe Amorim / Global Imagens

Bruno Fernandes foi considerado o melhor jogador em campo no jogo deste sábado

Filipe Amorim / Global Imagens

Depois da derrota do Sporting em Braga, na passada segunda-feira, Bruno Fernandes recebeu várias críticas devido à exibição pouco inspirada e desconcentrada. Simples e direto, como os seus remates costumam ser, Fernandes prometeu aos críticos: “atitude e compromisso vou ter sempre”, escreveu no Instagram. Mas a resposta ficou incompleta. O resto da frase só apareceu este sábado, no Estádio de Alvalade.

O Sporting voltava a receber o Marítimo – depois de há duas semanas ter vencido os insulares por 3-1 em jogo a contar para a Taça da Liga – após o desaire em Braga. Leões e madeirenses chegavam a Alvalade com os mesmos pontos, 10, e o Sporting precisava de vencer para ganhar terreno ao Benfica, que empatou em Chaves, e manter-se perto do FC Porto e do Sp. Braga. E até era complicado fazer uma previsão da forma como a equipa de José Peseiro iria atuar: Nani não foi convocado depois de ter ficado desagradado com a substituição em Braga e Battaglia foi baixa de última hora por lesão. Jogou Jovane Cabral, o menino que costuma saltar do banco para agitar, e Petrovic, que regressou à titularidade mais de um mês depois.

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Ficha de jogo
Sporting-Marítimo, 2-0

6.ª jornada da Primeira Liga
Estádio de Alvalade, em Lisboa
Árbitro: Nuno Almeida (AF Algarve)
Sporting: Salin; Ristovski, Coates, André Pinto, Acuña; Petrovic, Gudelj, Bruno Fernandes; Raphinha (Mané, 90+1’), Jovane (Misic, 76’) e Montero (Diaby, 86’)
Suplentes não utilizados: Renan, Marcelo, Jefferson e Castaignos
Treinador: José Peseiro
Marítimo: Amir; Bebeto, Marcos Silva, Zainadine, China; Jean Cleber, Fabrício, Correa, Barrera (Joel, 76’); Danny (Edgar Costa, 66’) e Rodrigo Pinho
Suplentes não utilizados: Charles, Rúben Ferreira, Ricardo Valente, Vukovic e Aloísio
Treinador: Cláudio Braga
Golos: Bruno Fernandes (p, 12’), Montero (35’)
Ação disciplinar: Cartão amarelo a Zainadine (4’), a Amir (11’), a Gudelj (15’), a André Pinto (32’), a Baiano (71’)

Os leões entraram com o pé no acelerador e Montero poderia ter inaugurado o marcador logo aos 8 minutos, quando respondeu bem a um canto de Bruno Fernandes. Até ao primeiro golo do Sporting, o jogo tinha um sentido único: a baliza de Amir. À passagem do 12.º minuto, Jovane Cabral descobriu espaço onde mais ninguém o via e isolou Raphinha, que correu isolado e com a bola dominada em direção ao guarda-redes iraniano do Marítimo. Quando se encontraram, Amir derrubou o brasileiro e o árbitro Nuno Almeida não teve dúvidas a assinalar grande penalidade. Na conversão, Bruno Fernandes teve “atitude e compromisso” e marcou o primeiro do Sporting com classe e tranquilidade.

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O Marítimo cresceu depois do golo do capitão leonino e tentou ganhar metros ao Sporting: mas o meio-campo improvisado montado por José Peseiro, assente na organização de Gudelj e Petrovic e na primeira linha de marcação formada apenas e só por Bruno Fernandes, tornava a tarefa dos insulares ingrata e frustrante. Rodrigo Pinho, lá na frente, foi um homem solitário durante muito tempo. Depois de uma fase mais desorganizada e de ter adormecido o jogo em demasia, o Sporting conseguiu mesmo chegar ao segundo golo num lance fortuito e de alguma sorte: Bruno Fernandes bateu um livre na direita do ataque, ninguém conseguiu rematar, gerou-se uma grande confusão e só quando a bola bateu no chão é que Fredy Montero resolveu. 35 minutos, 2-0 em Alvalade. A tranquilidade era tanta que os leões esperaram pelo apito de Nuno Almeida para o intervalo a trocar a bola e a temporizar, sem pressa de avançar e com a segurança de quem está a ganhar.

Depois da subida das escadas do túnel para a segunda parte, o Marítimo voltou com mais garra e principalmente mais discernimento e ganhou vários metros no terreno ao Sporting, acabando por passar mais minutos no meio-campo defensivo dos leões. Rodrigo Pinho e Correa, em duas ocasiões quase sucessivas, remataram cheios de intenção à baliza de Salin mas as tentativas não passaram disso mesmo. As jogadas de envolvimento da equipa sofreram com a exibição apagada do capitão Danny, que acabou por ser substituído aos 66 minutos: e de envolvimento passaram rapidamente a investidas individuais sem grande objetivo definido.

E o Sporting, a vencer por 2-0 em casa e já depois de duas ou três ocasiões em que poderia ter aumentado a vantagem, começou a ser assobiado pelos adeptos. Pelo excessivo gelo que colocou na partida, pelo recuar das linhas, pela falta de vontade de chegar mais longe e pelo ritmo amorfo que imprimiu no jogo. O golpe de misericórdia chegou aos 76 minutos, quando José Peseiro tirou Jovane Cabral e colocou Misic. A partir desta altura, o meio-campo leonino tinha Petrovic, Misic e Gudelj, três homens com propensões defensivas claras, e o objetivo da equipa passou a ser fechar o resultado a sete chaves.

Mantinha-se um inconformado: Bruno Fernandes. Que com a sua “atitude e compromisso” assinou aquela que será provavelmente a sua melhor exibição desde o início do campeonato, marcou um golo, bateu o livre para o outro, ganhou bolas, cruzou, rematou, construiu e fez tudo aquilo que o Bruno Fernandes versão temporada passada fazia. O Sporting venceu, afastou-se do Marítimo e não deixou escapar FC Porto, Benfica e Sp. Braga (os bracarenses só jogam este domingo, com o Belenenses).

E se o resultado for sempre este, a solução para os desaires é abrir o Instagram e procurar pelo perfil de Bruno Fernandes.

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