Um casal enganou 13 seguradoras ao participar mortes ou incapacidades motoras em acidentes que, supostamente, correram mal. Ao simular os acidentes, o casal recebia indemnizações pelos ferimentos e o pagamento antecipado de hipotecas de créditos à habitação, tendo recebido indevidamente mais de dois milhões de euros. A notícia é avançada pelo jornal Correio da Manhã, na edição desta terça-feira.

A história era sempre a mesma: um mergulho na praia corria mal e a vítima — que anteriormente havia contratado um seguro de vida ou de acidentes pessoais, com recurso a identidades falsas — morria ou ficava gravemente incapacitada. A mesma certidão de óbito e um documento médico a comprovar as incapacidades motoras chegaram a ser apresentados a várias seguradoras. As 13 seguradoras em questão pagavam logo as indemnizações, sem antes avaliarem os acidentes com rigor.

A Polícia Judiciária de Lisboa terminou recentemente a investigação, remetendo a proposta de acusação contra os arguidos ao Ministério Público de Oeiras. Além do casal, a Judiciária dá conta de uma cúmplice, de 47 anos, e outros nove arguidos, que aderiram ao esquema do casal para pagarem empréstimos de casas.

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