O sistema de saúde dos militares das Forças Armadas vai ter uma dívida de quase 90 milhões de euros, no final deste ano, o que corresponde a um aumento de 30% — 20,7 milhões de euros — face a 2017. Segundo notícia avançada pelo jornal Correio da Manhã na edição desta terça-feira, o Instituto de Ação Social das Forças Armadas (IASFA) considera que a dívida da Assistência na Doença aos Militares (ADM) resulta de um desequilíbrio estrutural entre receitas e despesas.

O responsável pelo IASFA, o general Rui Xavier Matias, afirma ao jornal que, por ano, este organismo tem uma receita de cerca de 73 milhões de euros, mas este montante total não cobre as despesas anuais, que atingem quase 94 milhões de euros, como refere.

[O desequílibrio financeiro da ADM] decorre de o IASFA suportar encargos que deveriam ser responsabilidade de outras entidades, nomeadamente do SNS [Serviço Nacional de Saúde] e do SRS [Serviço Regional de Saúde], e também da responsabilidade de suportar encargos que lhe foram superiormente atribuídos, no âmbito do Serviço de Saúde Militar”, explica o IASFA.

A crise na ADM traduz-se, assim, num dos maiores desafios do novo ministro da Defesa, João Gomes Cravinho, sendo que poderá ter de haver mudanças na gestão do IASFA. Contudo, a verba que o Governo de António Costa atribuiu ao Ministério da Defesa para o próximo ano mantém-se igual ao valor atribuído para esta área em 2018: 20 milhões de euros.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR