O Brasil registou uma redução de quase 15,8% no número de deteções de casos de Sida nos últimos seis anos, informou esta terça-feira um boletim epidemiológico divulgado pelo Ministério da Saúde do país.

Segundo o levantamento, de 2013 para 2014, a taxa caiu 3,5%; de 2014 para 2015, a redução foi de 4,3%; de 2015 para 2016, de 4,6%; e de 2016 para 2017 a queda foi de 3,4%.

O ministério brasileiro apontou também que “num período de dez anos, a taxa de deteção apresentou uma queda de 9,4%; em 2007, foi de 20,2 casos por 100 mil habitantes e, em 2017, de 18,3 casos para cada 100 mil habitantes”.

De 1980 a junho de 2018, foram identificados 926.742 casos de Sida no Brasil. O país tem registado uma média de 40 mil novos casos da doença nos últimos cinco anos.

“O número anual de casos de Sida vem diminuindo desde 2013, quando atingiu 43.269 casos; em 2017 foram registados 37.791 casos”, lê-se no boletim divulgado pelo Governo brasileiro.

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Além da queda no número de deteções, nos últimos quatro anos também aconteceu uma redução de 16,5% na taxa de mortalidade por Sida, que passou de 5,7 mortes por 100 mil habitantes em 2014 para 4,8 mortes em 2017.

“Desde o início da epidemia de Sida, em 1980, até 31 de dezembro de 2017, foram notificados no Brasil 327.655 mortes tendo a Sida como causa básica”, informou o Governo brasileiro.

Houve também uma queda na transmissão do vírus de mulheres grávidas para os bebés durante a gestação. A taxa de deteção de Sida em bebés caiu 43% entre 2007 e 2017, passando de 3,5 casos para 2 por cada 100 mil habitantes.

“Nos últimos sete anos, ainda houve redução de 56% de infeções de HIV em crianças expostas infetadas pelo HIV após 18 meses de acompanhamento”, destacou o Governo brasileiro.

Os novos dados mostram que 73% das novas infeções de HIV ocorrem no sexo masculino, sendo que 70% dos casos entre homens estão na faixa de 15 a 39 anos.

Na separação de casos por género, foi verificado que de 1980 até junho de 2018 foram registados 606.936 (65,5%) casos de Sida em homens e 319.682 (34,5%) casos em mulheres.

“No período de 2002 a 2008, a razão de sexos, expressa pela relação entre o número de casos de Sida em homens e mulheres, manteve-se em 15 casos em homens para cada dez casos em mulheres; no entanto, a partir de 2009, observou-se uma redução gradual dos casos em mulheres e um aumento nos casos em homens”, concluiu o boletim.