O primeiro-ministro, António Costa, afirmou esta quarta-feira estar a testemunhar “um grande investimento na mobilidade urbana” com o lançamento do concurso para o prolongamento das linhas Verde e Amarela do metropolitano de Lisboa, considerando-a importante para a coesão territorial.

António Costa falava aos jornalistas no auditório da estação do metro do Alto dos Moinhos, onde decorreu o lançamento do concurso para a construção das novas estações Estrela e Santos e o consequente prolongamento das linhas Amarela e Verde, num investimento de 210 milhões de euros até 2023. “É com grande satisfação que esta semana testemunho que a mobilidade é prioridade em todas as suas dimensões”, começou por dizer António Costa, lembrando o lançamento do concurso para a compra de 22 novos comboios para a CP, e ainda o acordo entre o Estado e a ANA para o novo aeroporto no Montijo.

E hoje aqui estou a testemunhar o grande investimento na mobilidade urbana”, acrescentou, depois de o ministro do Ambiente, João Matos Fernandes (que tutela os transportes urbanos), ter também afirmado que a mobilidade é “uma prioridade”, importante “para o desenvolvimento da coesão territorial”.

De acordo com o primeiro-ministro, a mobilidade é “importante para o rendimento disponível das famílias e esse é um dos desafios a que o país irá ter pela frente”. António Costa lembrou ainda a necessidade de as empresas serem “competitivas para a fixação da população”, “suportando mais e melhores salários”, e frisou que as administrações central e local estão a ajudar a melhorar os rendimentos nas famílias.

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O primeiro-ministro, acompanhado pelo ministro do Ambiente e da Transição Energética e pelo presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Fernando Medina, deslocou-se no Metropolitano de Lisboa entre a Baixa-Chiado e o Alto dos Moinhos, no âmbito do lançamento das novas estações.

A expansão do metro de Lisboa é “um passo importantíssimo”, afirma Medina

O presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Fernando Medina, afirmou que esta quarta-feira que foi tomada uma decisão única, já que “há 15 anos que não havia uma decisão” sobre a expansão do Metropolitano da capital.

Hoje [quarta-feira] toma-se uma decisão única em 15 anos. Há 15 anos que não havia uma decisão de expansão do metro na cidade de Lisboa. Remonta há mais de uma década a última decisão de expansão do metropolitano, mas fora do município de Lisboa”, começou por dizer o autarca.

Segundo Fernando Medina, este é “um passo importantíssimo” para a cidade de Lisboa, referindo que não se trata de uma “decisão qualquer em termos de expansão”, seja de uma linha, uma localidade ou de uma determinada zona, mas que a opção “por uma linha circular vem estabilizar o mais poderoso instrumento de mobilidade pesada do município”.

A decisão tomada de duas estações corresponde a muito mais do que o prolongamento de uma linha. É uma opção estratégica que vai alterar a forma como o transporte público se estrutura dentro da cidade e vai alterar a forma como poderemos aumentar a eficácia de futuras decisões, quer de expansão do metro, quer de transporte rodoviário”, afirmou.

Para o autarca, a opção é “uma resposta clara às criticas ao projeto”, reiterando que se tem vindo a discutir há vários anos uma expansão, sendo que a última a que se assistiu na cidade de Lisboa foi a chegada do metropolitano ao Aeroporto.

Fernando Medina reconheceu também que a defesa nesta solução “não compromete outras”, lembrando que a autarquia defende a expansão da linha Vermelha até Alcântara, encarregando-se o município da zona ocidental de Lisboa, mas também do prolongamento futuro da linha Amarela de Telheiras até ao Colégio Militar.

“Fomos claros em apoiar esta como decisão primeira, porque a partir daqui vamos estruturar um modelo de funcionamento do transporte pesado na cidade de Lisboa que vai mudar, sendo uma mudança qualitativa na forma como o transporte publico existe”, garantiu o autarca.