David Neeleman é o dono da norte-americana Global Airlines Ventures que comprou uma parte da posição que os chineses da HNA venderam na TAP, segundo um comunicado divulgado esta sexta-feira. “David Neeleman informa que é o dono da Global Airlines Ventures, LLC, empresa norte-americana, e que em conjunto com a Azul Linhas Aéreas Brasileiras S.A., esta com uma posição minoritária, adquiriram à Hainan Airlines Holding Co. Ltd a sua participação na Atlantic Gateway que detém 20% do capital social e dos direitos de voto e 35,58325% de direitos económicos da Atlantic”, lê-se na nota.

Este reforço “demonstra a confiança que os investidores privados têm no crescimento sustentado da TAP e na capacidade da gestão em continuar a implementar o plano estratégico delineado na privatização, implementando as medidas necessárias para continuar o processo de transformação da TAP numa empresa com padrões de excelência na indústria da aviação”, de acordo com o comunicado.

A empresa asiática anunciou esta sexta-feira num comunicado ao mercado bolsista de Xangai a venda da participação de 9% que detinha na TAP através da Atlantic Gateway por 55 milhões de dólares norte-americanos (48,6 milhões de euros). Mais de metade desta participação indireta na TAP foi vendida à Global Aviation Ventures LLC, um fundo norte-americano de capital de risco especializado no setor da aviação, por 30 milhões de dólares. O restante passou para as mãos da transportadora aérea brasileira Azul S.A. em troca de 25 milhões de dólares, segundo comunicado enviado à bolsa da China.

Contactado pela Lusa, o Ministério da Habitação e Infraestruturas referiu que, “a confirmar-se a venda da posição contratual do acionista chinês, ela não afeta a posição estratégica do Estado português, que se mantém inalterada”. O Estado chegou a acordo com o consórcio Atlantic Gateway, após a privatização, em 2016, para ficar com 50% da companhia aérea, depois da entrada em funções do Governo liderado por António Costa. O consórcio Atlantic Gateway detém 45% da TAP, o Estado, através da Parpública, 50%, e nas mãos dos trabalhadores estão 5% do capital.

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