Momentos antes do massacre, o homem que matou 50 pessoas em duas mesquitas na Nova Zelândia, na sexta-feira, disse no vídeo em que transmitiu o ataque em direto no Facebook Live para subscreverem o canal de YouTube de Felix “PewDiePie” Kjellberg. Ao saber do apoio do atirador, o maior youtuber do mundo distanciou-se de imediato: “Sinto-me absolutamente doente por o meu nome ser dito por esta pessoa“.

https://twitter.com/pewdiepie/status/1106419935390171136

 O apelo do atacante não tem qualquer ligação ideológica a posições tomadas por PewDiePie — apesar de este se ter envolvido em polémicas por declarações consideradas racistas. O que o australiano supremacista branco fez foi repetir uma piada criada online, assumindo a influência da internet na preparação e execução do massacre.

“Subscrevam o PewDiePie” é uma campanha virtual criada pelos fãs do criador sueco para impedir que este seja ultrapassado por um canal de trailers da Índia, a T-Series, como o utilizador com mais subscritores no YouTube. O movimento tornou a promoção do canal de Felix Kjellberg viral. Criadores como Jacksepticeye (21 milhões de subscritores), Markiplier (22 milhões de subscritores) ou Logan Paul (23 milhões de subscritores) publicaram vídeos em que pediam aos fãs que subscrevessem o canal de PewDiePie.

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PewDiePie é o youtuber com mais seguidores do mundo desde 2013. A T-Series é uma produtora cinematográfica e editora musical indiana. Começou a colocar trailers e videoclips no Youtube em 2010, mas só em 2017 é que começou a ganhar destaque na plataforma. Em outubro de 2018 a T-Series tinha 65 milhões de subcritores, para os 66 milhões de fãs de PewDiePie.

Cinco meses depois, Felix Kjelberg continua a ter o maior canal de YouTube do mundo — apesar de já ter sido pontualmente ultrapassado durante fevereiro e março de 2019. A piada ultrapassou em muito o controlo de PewDiePie, ao ponto de ser utilizada por hackers, spammers e, agora, terroristas.