A bolsa nova-iorquina encerrou esta quinta-feira em alta, com os investidores a beneficiarem de uma estabilização das taxas de juro no mercado obrigacionista norte-americano e do reinício das negociações comerciais sino-norte-americanas.

Os resultados definitivos da sessão indicam que o índice seletivo Dow Jones Industrial Average ganhou 0,36%, para os 25.717,46 pontos. Da mesma forma, o tecnológico Nasdaq valorizou 0,34%, para as 7.669,17 unidades, e o alargado S&P500 avançou 0,36%, para as 2.815,44. “O mercado acionista recuperou à medida que a calma regressava ao mercado obrigacionista”, afirmou Karl Haeling, da LBBW.

Depois de ter atingido, ao fim de quarta-feira, um novo mínimo desde dezembro de 2017, a taxa de juro da dívida norte-americana a dez anos recuperou hoje e evoluía a 2,391%, às 20h20 de Lisboa. O nível desta taxa de juro é considerado como constituindo um reflexo das antecipações de crescimento e inflação nos EUA. Por outro lado, o seu nível desce quando os investidores procuram adquirir estes títulos, devido às incertezas económicas.

“Os investidores no mercado das ações estavam nervosos por causa da descida das taxas de juro, ligada ao medo da recessão”, adiantou Haeling, mas a subida das taxas a dez anos, que hoje ocorreu, “acalmou um pouco os receios de pânico bolsista”. Outra fonte de otimismo para os investidores foi a retoma das negociações comerciais entre chineses e norte-americanos, em Pequim.

Vários analistas citaram informações divulgadas na comunicação social que apontam para concessões da parte chinesa sobre vários pontos, como o acesso das empresas estrangeiras a alguns mercados e a transferência forçada de tecnologia. Na frente dos indicadores, o crescimento económico dos EUA no final do ano passado foi mais fraco do que esperado, estimado em 2,2% anualizados, abaixo dos 2,6% indicados na estimativa anterior do Departamento do Comércio.

Este crescimento é “menos forte do que avançado inicialmente, mas não é fraco”, temperou Chris Low, da FTN Financial.

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