A JWP vai produzir para a HBO um documentário original sobre Jesús Gil. A série, a ser produzida em Espanha, será publicada em quatro episódios de uma hora. A estreia será em 2019, em simultâneo em todos os territórios da HBO Europe.
Será Justin Webster o realizador responsável por transformar a vida do empresário, político e dirigente desportivo espanhol em filme. Webster foi premiado internacionalmente por obras como “I’ll Be Murdered”, “FC Barcelona Confidencial”, “Gabo, The Creation of Gabriel García Márquez”, “Win!” e “The End of ETA”.
“A vida de Jesús Gil tem todos os elementos de uma grande história”, garante o realizador, sublinhando que Jesús Gil é o protagonista ideal: “Imprevisível e multifacetado, capaz de contornar leis e instituições, e ao mesmo tempo de seduzir o público e eleitores com o seu enorme magnetismo”.
Polémicas não lhe faltaram. Chamava prostituta à líder da oposição, insultava os sem abrigo nas ruas da cidade, instalou um busto do ditador Francisco Franco na Assembleia Municipal e era amado e aclamado por eleitores e fãs.
O Editor de Programação Original da HBO Espanha, Miguel Salvat, vê no documentário uma “ótima oportunidade de vermos a nossa sociedade de hoje, através de uma personagem única que seduziu um país inteiro durante anos e que ainda permanece na mente de todos”.
https://www.youtube.com/watch?v=Tle9fD84z5o
Jesús Gil foi presidente do Atlético de Madrid entre 1987 e 2003, levando a equipa a conquistar um campeonato (1995/96) e três Copas del Rey (1991, 1992 e 1996). Ainda com Jesús Gil o Atlético desceu para a segunda liga (1999/2000), voltou à primeira, e viu-se envolvido em sucessivos casos judiciais, tanto por alegadas ilegalidades do clube como do presidente (que só depois de morrer, em 2004, foi absolvido de desviar fundos do clube).
Em simultâneo, Jesús Gil fundou o… GIL, o Grupo Independiente Liberal, um partido populista de extrema-direita. Foi com o GIL que chegou à presidência da Câmara Municipal de Marbella, em 1991, cargo para que foi sucessivamente reeleito até 2002. Aí, ficou proibido de exercer cargos políticos por 28 anos, condenado por transferir 2,6 milhões de euros da Câmara Municipal para o Altético de Madrid.