O domingo de Páscoa do PSG prometia ser especial e os motivos estavam para lá das tradições religiosas. A equipa da capital francesa sagrou-se bicampeã ainda durante a tarde, graças ao empate do Lille em Toulouse, e sabia que, qualquer que fosse o resultado no Parque dos Príncipes com o Mónaco de Leonardo Jardim, o primeiro lugar já não escaparia. Além disso, o PSG celebrava ainda o regresso de Neymar aos relvados, já que o brasileiro entrou no início da segunda parte e voltou à competição depois de se ter lesionado no final de janeiro.

Depois de três tentativas falhadas, o Lille empatou e o PSG não precisou de sair do sofá para ser bicampeão

Por fim, o PSG homenageava este domingo a Catedral de Notre-Dame, um dos ex libris da cidade de Paris, que ardeu parcialmente na passada segunda-feira e reuniu todas as atenções em França e no resto do mundo: os jogadores da equipa orientada por Thomas Tuchel atuaram com uma camisola que tinha uma representação do monumento na parte da frente e nas costas, ao invés do nome de cada um, estava simplesmente “Notre-Dame”.

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Com o bicampeonato já assegurado, o regresso de Neymar garantido e a homenagem feita, faltava um protagonista para um domingo em cheio. Kylian Mbappé, que não integrou o último onze do PSG na derrota contra o Nantes — e que motivou notícias da imprensa francesa que garantiam que Tuchel ia voltar a deixar de fora o avançado francês –, voltou a ser titular e resolveu o jogo praticamente sozinho. Com um hat-trick concluído ainda durante os 10 minutos iniciais da segunda parte (marcou aos 15′, aos 38′ e aos 55′), Mbappé venceu o Mónaco sem precisar de grande ajuda adicional. Ainda assim, o avançado que realizou a formação no clube monegasco e chegou a conquistar uma Liga francesa no Principado até saltar para Paris, pediu desculpa aos adeptos adversários quando marcou o primeiro e o segundo golo: ao terceiro, provocado por Dani Alves, acabou por sucumbir aos festejos.

Golovin ainda reduziu a desvantagem a 10 minutos do apito final mas a noite era de Mbappé e continuaria a ser, já que no meio da celebração dos jogadores parisienses, que comemoraram no relvado e em comunhão com os adeptos a conquista do sexto título em sete anos, o avançado decidiu esclarecer todas as dúvidas sobre o próprio futuro. “Fico no PSG. Estou neste projeto do PSG. Fico contente pelo facto de Zidane ter voltado ao Real Madrid, mas verei os jogos como espetador”, disse Mbappé em declarações ao Canal+. Ponto final nos rumores que davam conta de uma mega operação dos merengues que tinha 280 milhões de euros de orçamento e a contratação do jovem francês como objetivo.

Mbappé, 280 milhões e o fator Zidane para restaurar a identidade do Real Madrid