O preço do barril de petróleo subiu, numa altura em que a tensão aumenta no Médio Oriente após um ataque com um ‘drone’ num oleoduto saudita, perturbando a atividade do principal exportador mundial.

Cerca das 14h10 (hora de Lisboa), o barril de Brent do mar do Norte para entrega em julho negociava a 71,10 dólares no mercado londrino, uma subida de 87 cêntimos em relação ao preço de encerramento na segunda-feira.

Em Nova Iorque, o barril de petróleo WTI (de referência nos Estados Unidos) subia 53 cêntimos para 61,57 dólares.

O ataque com ‘drones’ (veículos aéreos não tripulados) fez subir a tensão no Golfo dois dias após “atos de sabotagem” contra quatro navios, incluindo dois petroleiros sauditas.

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“Os agentes do mercado estão agora mais conscientes dos riscos nesta região”, comentaram analistas do Commerzbank.

A tensão entre a Arábia Saudita e o Irão tem aumentado, depois de Riade ter prometido aumentar a sua produção para suprir as necessidades que resultam da aplicação de sanções dos Estados Unidos, que impedem Teerão de exportar.

As sanções contra o Irão e a diminuição da produção voluntária por países da Organização de Países Exportadores de Petróleo (OPEP) e outros produtores aliados, incluindo a Rússia, levaram a uma subida dos preços desde o início do ano de 29,89% para o Brent e de 31,26% para o WTI.

Mas os preços não conseguiram manter-se nos máximos do ano atingidos no final de abril.

“As incertezas em torno do dossiê relativo à tensão (comercial) entre a China e os Estados Unidos tornaram mais sombrias as perspetivas da procura mundial de petróleo e isso pesa nos preços”, resumiu Lukman Otunuga, analista da FXTM.