“Rakitic talvez não, mas Busquets devia preocupar-se com o seu lugar perante De Jong”. Em Espanha, mais do que a meia-final da Liga das Nações em si entre Holanda e Inglaterra, todos os olhos vão parar ao jogador do Ajax já contratado pelo Barcelona (Frenkie De Jong) e ao jogador do Ajax que estará em vias de ser contratado pelo Barcelona (De Ligt). As exibições de ambos em Guimarães, esta quinta-feira, também ajudaram. Sobretudo a do médio que reforçará o plantel de Ernesto Valverde.

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Considerado o MVP do jogo em termos estatísticos, com uma percentagem de passes completos de 96% num total de 100 (com uma circulação que tão depressa era feita pelos centrais como procurava o jogo entre linhas do avançado Ryan Babel), De Jong foi um dos principais destaques do encontro que valeu à equipa de Ronald Koeman a qualificação para a final da Liga das Nações (seria substituído na segunda parte do prolongamento por Strootman) e mereceu rasgados elogios também da Marca, que descreveu o médio de 22 anos como o “cérebro da Holanda e o epicentro de todo o jogo”. Já o Sport, que destaca também a importância do jogador no centro de decisões no terreno, elogia o “MVP que marca o caminho”.

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“Corremos todos uns pelos outros e nunca desistimos. Não é a primeira vez que recuperamos de uma desvantagem”, comentou De Jong ao site da UEFA no final do encontro, antes de projetar também a final com Portugal: “Têm imensos jogadores realmente bons. Vi um pouco do jogo com a Suíça e Ronaldo fez a diferença. Vamos ter estar de olho nele. O desgaste poderia ser um problema se tivéssemos perdido, mas com uma vitória… Estamos todos bem e não tivemos muitos jogos ultimamente”.

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Sobre De Ligt, o central que falhou no primeiro golo da Inglaterra mas que corrigiu esse erro com o empate que levou o jogo para o prolongamento, os textos são ainda, mais do que elogiosos, noticiosos: o jogador estará perto de tomar uma decisão final entre Barcelona e PSG para o seu futuro, com os franceses a fazerem um último forcing junto do agente do defesa, Mino Raiola, para garantir todas as exigências económicas e assegurarem um reforço que poderia levar à saída de Thiago Silva do clube.

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Qualquer que seja a decisão, De Ligt continuará a fazer dupla com Van Dijk no eixo da defesa da Holanda comandada por Ronald Koeman mas o também antigo central recusa ver a final contra Portugal como um duelo entre o jogador do Liverpool, de novo um dos grandes destaques, e Ronaldo. “Vamos estudar o jogo com Portugal e recuperar. Se houver jogadores que não possam ser utilizados temos excelentes suplentes. No outro jogo, por vezes a Suíça jogou melhor mas nem tudo tem a ver com a posse da bola. Tem a ver com os resultados e o Ronaldo foi fantástico. Mas não vai ser uma batalha entre dois jogadores, Ronaldo e Van Dijk, mas entre Portugal e Holanda. Às vezes, é impossível defender bem contra o Ronaldo. O que podemos fazer é manter a posse da bola, porque, se a tivermos, ele não pode fazer nada no ataque”, analisou o técnico.