A aquisição, por parte da Tesla, da Maxwell, especialista em ultracondensadores, vai permitir aos veículos eléctricos da marca americana possuírem baterias substancialmente mais evoluídas. Se esta evolução tecnológica é na generalidade boa, não fez contudo muito bem aos dois veículos que mais necessitam de “grandes” baterias, entre os que a Tesla pretende lançar em breve. Tanto o camião Semi como o superdesportivo Roadster viram as suas datas de apresentação resvalar cerca de um ano, para poderem contar com acumuladores que possam levá-los mais longe, pesando e custando menos, e garantindo ainda maior longevidade.

Este atraso devido às novas baterias não impede a Tesla de continuar a desenvolver o Semi, percorrendo quilómetros e optimizando tudo a bordo, a começar pelo sistema de gestão de energia em várias condições de utilização. Daí que seja cada vez mais frequente encontrar o Semi nas estradas e auto-estradas californianas, como o que foi encontrado em Rocklin, em frente à loja local da marca. Certamente por “simpatia” do condutor aos comandos do camião, foi possível verificar como é o veículo com grande pormenor, além de confirmar que, à semelhança dos Model S, X e 3, o Semi também vai oferecer uma bagageira à frente, a denominada “frunk”.

Paralelamente, outro condutor encontrou (e filmou) um Semi a entrar na auto-estrada I-280, no norte da Califórnia. A novidade é que este tractor eléctrico puxava um reboque, daqueles que podem acolher um contentor dos grandes, com 40 pés de comprimento, cerca de 12 metros. Sobre o atrelado estavam nove blocos de cimento, com cerca de 1.800 kg cada, ou seja, um total de 16.200 kg. Se somarmos a isto o próprio reboque, cerca de 6.800 kg, o Semi “passeava-se” com 23.000 kg atrás de si.

Quando surgir no mercado, o Semi deverá custar 150.000 dólares na versão com uma autonomia de 483 km e 180.000 dólares na versão que é capaz de percorrer 804 km entre recargas.

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