A Assembleia-Geral (AG) do Sporting deste sábado foi suspensa depois de alegadamente terem surgido confrontos que envolveram supostos apoiantes de Bruno de Carvalho. O Correio da Manhã afirma que existiu pelo menos uma agressão e que foi pedido um reforço policial.

A abertura de portas decorreu pelas 14h e a AG começou às 15h, esticando-se até às 18h, momento da contagem de votos. Votava-se o orçamento para a nova época e Frederico Varandas, o presidente leonino, terá sido assobiado quando teve a palavra.

Os seguranças tiveram de entrevir para acalmar os ânimos mas a AG teve mesmo de ser suspensa quando um segurança privado de Frederico Varandas supostamente agrediu um sócio, conta o jornal A Bola. O mesmo desportivo afirma que um membro do staff do Sporting ajudou a PSP a identificar adeptos leoninos.

A reunião terá começado logo com uma boa dose de tensão, tendo Varandas afirmado, logo quando se preparava para discursar, que “as ameaças não voltaram ao Sporting, esse tempo não volta”.

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A Agência Lusa, por sua vez, conta uma versão ligeiramente diferente: segundo os mesmos, a AG foi interrompida pelo presidente da Mesa da AG, Rogério Alves, numa altura em que já decorria a votação do único ponto da ordem de trabalhos, referente ao orçamento e plano de atividades para 2019/20.

Cintando fonte do clube, a Lusa explica que os incidentes que levaram à suspensão da AG surgiram por volta das 18h30, quando Frederico Varandas respondia a perguntas dos cerca de 40 sócios inscritos — estavam quase 1.200 presentes.

Dois sócios insurgiram-se contra Varandas e dirigiram-se a um dos elementos de segurança, que, na sequência, retirou “à força” um dos indivíduos, que posteriormente e no exterior foi identificado pelas autoridades, explicou a mesma fonte.

A contagem de votos prossegue e os trabalhos apenas deverão ser retomados quando estiver finalizada.

Rogério Alves desvaloriza incidentes

O presidente da mesa da AG, Rogério Alves, diz que não presenciou o que classificou ter sido um “momento de tensão” que culminou com a retirada dos dois sócios que alegadamente estariam a insultar Frederico Varandas mas desvalorizou o incidente. “Sei que o que aconteceu, ao cabo de dezenas de intervenções, foi que, quando o presidente Frederico Varandas usava da palavra, alguém que o terá insultado. Os estatutos determinaram que os sócios não ofendam os órgãos sociais, que não ofendam outros sócios e que não usem expressões ofensivas. Essa pessoa foi retirada da sala pela segurança e identificada dentro dos termos normais», referiu o conhecido advogado.

Na próxima semana, no dia 6 de julho, será realizada uma AG para decidiu o recurso de Bruno de Carvalho de Alexandre Godinho sobre as respetivas expulsões de associados do clube. Questionado sobre se deixará os recorrentes utilizar da palavra, Rogério Alves afirmou que «na segunda-feira [dia 1 de julho] divulgarei as regras da Assembleia-Geral. Às pessoas que foram expulsas e recorreram para a Assembleia-Geral, no exercício de um seu direito, deverá ser admitida a falar. No entanto, essa decisão deverá ser tomada de forma colegial na próxima segunda-feira.”

Orçamento aprovado

O Orçamento e o Plano de Atividades do Sporting para 2019/20 foi hoje aprovado com 69,01% dos votos, em Assembleia Geral (AG), pelos sócios do clube, sendo que 30,99% votaram contra.

Após a reunião magna do clube, que decorreu no Pavilhão João Rocha, em Lisboa, o presidente da Mesa da AG, Rogério Alves, falou à comunicação social presente no ‘hall vip’ do Estádio José Alvalade para revelar os resultados da votação, salientando que a AG decorreu como como estipulado.

Fonte oficial do clube revelou à agência Lusa que estiveram presentes cerca de 1.200 sócios na reunião magna, que esteve suspensa por algum tempo.