“Olá bianconeri, daqui o Matthijs para dizer que estou muito feliz por estar aqui”. Da chegada do jato privado a Turim à saída do mesmo, passando pela primeira imagem em solo transalpino a uma curta mensagem aos adeptos, a Juventus acompanhou na sua conta do Twitter todos os primeiros movimentos do mais recente reforço do conjunto agora orientado por Maurizio Sarri. E fica assim desfeito um dos mistérios que ainda pairava neste verão: De Ligt vai mesmo ser companheiro de Ronaldo.

Mas este acaba por ser o fim esperado de uma novela que ao longo dos últimos meses pareceu ter finais diferentes. Logo numa primeira instância, tudo apontava para a possibilidade de seguir o caminho do companheiro do Ajax Frenkie De Jong e rumar ao Barcelona, que assumiu o interesse no central através do próprio presidente, Josep Maria Bartomeu. Mais tarde, as notícias nos jornais espanhóis e franceses davam conta de uma reviravolta na operação, com o PSG, que também já tinha antes mostrado vontade de assegurar o internacional holandês, a parecer passar para a frente da corrida através do empresário do jovem jogador, Mino Raiola. No final, e depois de já ter ido de férias, De Ligt acabou mesmo na Juventus.

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“Em criança, sempre quis ser Cristiano Ronaldo quando jogava futebol no jardim. Em especial na altura em que ele jogou no Manchester United. Durante a época, não temos tempo para pensar sobre isso, mas dei conta disso recentemente quando estive num jantar com amigos de infância com os quais costumava jogar futebol”, assumiu em entrevista há três semanas, depois de já antes ter revelado um “pedido” do português após a final da Liga das Nações entre Portugal e Holanda.

“Ainda falta um bocado para começar o período de transferências, primeiro vou ter umas férias agradáveis e descansar. Depois vejo.  Ronaldo pediu-me para ir para Turim. Isso pode ser bom, sim. No início não percebi, fiquei um bocado chocado e ri-me, mas não disse nada”, tinha admitido na zona mista do Estádio do Dragão o jovem central de 19 anos que, curiosamente, foi o “carrasco” da Juventus nos quartos da Liga dos Campeões, marcando de cabeça após canto o golo que valeu a eliminação da equipa italiana em casa na segunda mão, depois do empate a uma bola que se registara em Amesterdão.

De acordo com o Mundo Deportivo, o Barcelona terá tentado ainda assegurar a contratação do defesa nos últimos dias, com Josep Maria Bartomeu a tentar deslocar-se a Amesterdão para convencer o jogador tal como tinha feito com Frenkie De Jong mas Mino Raiola a querer também estar presente e com as mesmas exigências que foi tendo sempre ao longo deste processo, entre as quais um salário anual e uma comissão a rondar os dez milhões de euros. Com isso, o líder do Barça não chegou a viajar.