O Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, disse esta segunda-feira em Palma, no norte do país, que os investimentos no gás natural são um “passo gigantesco” para a arrecadação de mais receitas para o Estado e para a dinamização da economia nacional. “Moçambique está a dar passos gigantescos rumo à geração de mais fontes de receitas, que permitirão a estruturação da nossa economia, a longo prazo”, declarou Filipe Nyusi, falando no lançamento formal da fábrica de gás natural liquefeito (LNG, na sigla inglesa) Mozambique LNG.

A Mozambique LNG é um empreendimento de um consórcio liderado pela multinacional norte-americana Anadarko, que vai extrair gás natural na Área 1 da Bacia do Rovuma, norte de Moçambique. O chefe de Estado moçambicano afirmou que o projeto do consórcio da Anadarko e outros associados à produção de gás natural vão catapultar a economia do país, ao nível regional, continental e global. “Este cenário vinca, de forma irrefutável, que Moçambique é um destino de investimento direto estrangeiro”, assinalou.

A aposta de empresas multinacionais no mercado moçambicano, prosseguiu, é prova de que o país conseguiu criar um ambiente legal e capacidade institucional adequados ao investimento. A fábrica está orçada em 150 milhões de dólares (134 milhões de euros) e terá capacidade para a produção de 12,8 milhões de toneladas por ano, dos quais 11,1 milhões de toneladas por ano já foram vendidos a compradores europeus e asiáticos.

A Mozambique LNG faz parte de um investimento no valor de 23 mil milhões de dólares (20,6 mil milhões de euros), anunciado em junho pelo consócio da Anadarko para a Área 1. Por outro lado, o consórcio liderado pela ENI e Exxon Mobil está a construir uma plataforma flutuante com capacidade para produzir 3,37 milhões de toneladas de gás natural liquefeito também na Bacia do Rovuma.

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